Corredor verde promete mudar a paisagem da raia olímpica

Além dos vidros que já estão instalados, será criado um corredor verde em toda a extensão da raia e que ocupará tanto o lado externo na Marginal Pinheiros quanto a parte interna da raia

 21/03/2022 - Publicado há 2 anos
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A modificação do muro tradicional teve início em 2018 e foi realizada com a instalação de painéis de vidro – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

A área do muro da raia olímpica, na Cidade Universitária, em São Paulo, vai ganhar novos contornos. Além dos vidros que já estão instalados, será criado um corredor verde em toda a extensão da raia e que ocupará tanto o lado externo na Marginal Pinheiros quanto a parte interna da raia.

Para as cidades, os corredores verdes são importantes meios para o equilíbrio climático, minimizando as ilhas de calor; para a absorção de águas de chuvas, melhorando as condições de drenagem; além de constituir abrigo para a fauna e incidir de forma positiva para uma paisagem urbana mais agradável.

“Para a raia olímpica, o corredor verde será multifuncional, com funções de estética, de drenagem de contenção de encostas da raia e de minimização da poluição acústica e atmosférica”, explica a prefeita do Campus da Capital, Raquel Rolnik.

O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, considera que “o projeto atende às diretrizes da gestão reitoral atual, pois utilizará toda a estrutura existente, realizada com o auxílio de empresas; aumentará o conceito de sustentabilidade ambiental, pois utilizará vegetação nativa e de forma muito intensa; além de ser um projeto discutido com vários profissionais que conhecem o assunto. Gostaria ainda de agradecer todos os envolvidos que participaram desde o início desse projeto”.

Atualmente, do pouco mais de dois quilômetros de extensão do muro de vidro, 1.055 metros estão finalizados, 597 metros ainda não estão concluídos, 240 metros estão com mureta de concreto e colunas de alumínio instaladas; e 135 metros contam apenas com a mureta de concreto.

O projeto prevê que os vidros instalados serão mantidos (hoje são 800 vidros, que receberão película para evitar mortes de pássaros por choque); haverá a instalação de gradis nos locais em que há lacunas (vidros que não foram colocados ou estão quebrados) e todos serão recobertos por vegetação.

O projeto ainda está em fase de desenvolvimento. A Prefeitura do Campus reuniu pesquisadores da USP – ecólogos, botânicos, paisagistas, especialistas em poluição, entre outros – para, em conjunto, elaborar as diretrizes que resultaram em um termo de referência para contratação da empresa que desenvolverá o projeto do corredor. Neste semestre deverá ser lançado o edital para a aquisição dos gradis.

A modificação do muro tradicional teve início em 2018 e foi realizada com a instalação de painéis de vidro. Orçado em R$ 20 milhões, o projeto foi uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo e foi custeado por mais de 40 empresas, não onerando financeiramente a Universidade. O projeto será retomado, agora sob a gestão da Universidade, ainda este ano.

Ouça, a seguir, entrevista do reitor da USP a respeito do projeto, concedida à Rádio CBN, no dia 21 de março.


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