A diversidade de interpretações na física quântica é o tema do físico Paulo Nussenzveig na coluna Ciência e Cientistas. “Frequentemente, as ditas ciências duras são consideradas objetivas, sem grandes espaços para a subjetividade. Hoje, quero falar um pouco de opiniões e gostos de cientistas. Recentemente, li alguns artigos descrevendo a chamada ‘interpretação de muitos mundos’, ou muitos universos, da física quântica”, conta. Na Folha de S. Paulo de domingo, Hélio Schwartsman comentou um livro de um dos defensores dessa interpretação, Sean Carroll, um físico do Instituto Tecnológico da Califórnia.
“A teoria quântica, formulada nos primeiros 30 anos do século passado, é muito diferente das outras teorias físicas, por conter incertezas fundamentais”, aponta o físico. “Há grandezas que, dependendo da preparação do sistema, podem ser intrinsecamente indeterminadas.”
“Na descrição de muitos universos, em cada medida desse tipo, o sistema se divide em diferentes universos, em que cada alternativa segue evoluindo de acordo com a equação de Schrödinger”, afirma Nussenzveig. “Cada observador segue em apenas um universo, sem comunicação entre universos distintos.”
Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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