Segunda dose da vacina contra a covid-19 deve ser tomada mesmo por quem perdeu o prazo

Para Marta Heloísa Lopes, não voltar para a segunda aplicação é desperdício, pois a pessoa não estará completamente protegida e não contribui com a imunização coletiva

 07/06/2021 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 17/06/2021 as 19:31
Quanto mais pessoas completamente vacinadas, mais difícil a circulação do vírus – Foto: Governo de SP/Fotos Públicas
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No último sábado (5), o governo de São Paulo promoveu o “Dia D” da vacinação no Estado, com o objetivo de aplicar a segunda dose em quem não compareceu aos postos no prazo indicado. Com o surgimento de novas variantes e a possibilidade de uma terceira onda, a imunização em regime completo é ainda mais importante no combate à pandemia.

Ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Marta Heloísa Lopes, responsável pelo Centro de Imunizações do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP, comenta a importância de tomar as duas doses do imunizante. “Nós só vamos estar realmente protegidos depois de aproximadamente 15 dias do esquema completo.” Para Marta, não voltar para a segunda dose é desperdício, pois a pessoa não estará protegida e ainda atrapalha a imunização coletiva. Quanto mais pessoas completamente vacinadas, mais difícil a circulação do vírus. Dessa forma, a proteção das crianças, que ainda não são vacinadas, passa pela imunização dos adultos.

A professora explica que a segunda dose serve para completar a imunização. Ainda não está certo se doses de reforço serão necessárias, mas neste momento o importante é montar uma resposta imune adequada para que já tenhamos anticorpos quando entrarmos em contato com o vírus.

Segundo Marta, mesmo que o prazo tenha passado, é preciso e necessário voltar para tomar a segunda dose. “Se passar um pouquinho do tempo, não tem problema”, afirma. A professora explica que o ideal é seguir o cronograma indicado, mas quem perdeu o prazo deve tomar a segunda dose, sem a necessidade de repetir a primeira. Algumas pessoas não se vacinam com medo de reações, mas Marta ressalta que efeitos colaterais graves são raros.


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