Evento reúne professoras da USP pioneiras da eletroquímica no Brasil

Elas abriram caminho para as jovens pesquisadoras em área da ciência que estuda transformação de energia química em elétrica

 19/01/2021 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 02/02/2021 as 10:58
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Arte sobre foto / Divulgação IQSC

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Com a pandemia, dois jovens cientistas brasileiros decidiram criar um espaço virtual para aproximar pesquisadores da área de eletroquímica, ramo da ciência que estuda a transformação de energia química em elétrica, como as pilhas, por exemplo. Assim, nasceu o simpósio Fronteiras em Eletroquímica e Eletroanalítica que já se prepara para sua segunda edição, nos dias 11 e 12 de fevereiro, desta vez dedicada aos avanços realizados por mulheres cientistas.

Com o título Pioneiras da Eletroquímica no Brasil, o evento vai reunir pesquisadoras emergentes que atuam no Brasil e no exterior para debater os principais avanços na área, seguido de discussões sobre o papel da mulher na ciência e os seus principais desafios e estratégias para o aumento da inclusão no ambiente acadêmico. As submissões de trabalhos estão encerradas, mas os interessados podem participar do evento como ouvintes. As inscrições podem ser realizadas aqui.

Entre as homenageadas está a professora Adalgisa Rodrigues de Andrade, do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Reconhecida como uma das cientistas mais relevantes na eletroquímica brasileira, Adalgisa é formada em Química (bacharelado e licenciatura) pela Universidade de São Paulo (1980), com doutorado em físico-química pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP em 1988 e pós-doutorado pela Universidade de Aarhus, Dinamarca, em 1995. 

Atualmente, Adalgisa é professora titular na USP e pesquisadora 1 na área de físico-química do CNPq, atuando principalmente na área de Eletroquímica Ambiental e preparando materiais de eletrodos para realizar a degradação de diversos compostos tóxicos. Seus trabalhos recentes abrangem o campo da produção de energia com células e biocélulas a combustível e a degradação de herbicidas e corantes por diversos métodos eletroquímicos. A professora é autora de mais de 100 publicações, duas patentes tecnológicas e nove capítulos de livros. Orientou mais de 75 pós-graduandos com forte impacto na formação de novos pesquisadores no País.

Além de Adalgisa, a série também reconheceu as professoras do Instituto de Química (IQ) da USP, Sílvia Helena Pires Serrano, Sílvia Maria Leite Agostinho e Susana Ines Cordoba de Torresi. As homenagens, segundo uma das organizadoras do evento, a professora Maiara Salles, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), relembram a importância das cientistas “que abriram ‘espaço’ para as jovens pesquisadoras de hoje e que inspiram de diferentes formas”.

A mulher e os avanços na eletroquímica

O Fronteiras em Eletroquímica e Eletroanalítica foi idealizado logo no início da pandemia da covid-19 pelos professores Bruno Janegitz, da Universidade Federal de São Carlos, e Alex Lima, da Universidade de Gothenburg, Suécia, como uma série de eventos on-line. O objetivo, conta Janegitz, foi proporcionar interação de jovens pesquisadores brasileiros, atuando em instituições nacionais e internacionais, que trabalham na área de eletroquímica e eletroanalítica. 

Organizado por jovens cientistas brasileiros de diversas universidades do País, o segundo Fronteiras quer comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11 de fevereiro), dando visibilidade às mulheres da área de eletroquímica e eletroanalítica e criando oportunidades para as pesquisadoras no início da carreira científica.

Para acompanhar as homenagens que estão sendo realizadas e a postagem dos vídeos com a história das professoras e pesquisadoras é só clicar aqui.


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