Regras rígidas impostas por partidos e candidatos impedem que os jornalistas que atuam como mediadores nos debates eleitorais – tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil – cumpram seu papel de trazer ao público informações verdadeiras e respostas diretas às perguntas feitas. É o que afirma o professor e jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, na coluna Horizontes do Jornalismo desta semana.
Ele cita como exemplo os dois debates eleitorais recém realizados entre os candidatos à presidente e à vice-presidente nos Estados Unidos. Ele destaca que Chris Wallace, mediador do debate entre Trump e Biden, não conseguiu atuar principalmente por conta do comportamento pouco civilizado do atual presidente Trump. Susan Page, mediadora do debate entre Kamala Harris e Mike Pence, fez ótimas perguntas, na avaliação de Lins da Silva, mas não cumpriu seu dever de interromper os candidatos e deixar claro que as perguntas não foram respondidas.
Para o colunista, o resultado é que “o jornalista faz a pergunta e vigia o tempo para não ultrapassar. Mas não consegue fazer o sequenciamento das questões, exigir que elas sejam respondidas e estabelecer a verdade quando mentiras são ditas”.
Ouça a coluna na íntegra pelo player acima.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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