Universidade realiza encontro com alunos estrangeiros

A Comissão de Cooperação Internacional (CCInt) da USP promoveu um encontro de confraternização com alunos estrangeiros que estão fazendo intercâmbio na Universidade.

 10/05/2010 - Publicado há 14 anos
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Alunos estrangeiros de vários países participaram do encontro
O vice-reitor Executivo de Relações Internacionais, Adnei Melges de Andrade; e a pró-reitora de Graduação, Telma Maria Tenório Zorn

A Comissão de Cooperação Internacional (CCInt) da USP promoveu na tarde de quarta-feira, dia 5 de maio, um encontro de confraternização com alunos estrangeiros que estão fazendo intercâmbio na Universidade. O evento foi realizado no Auditório FEA-5, da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade. 

O encontro, que está na sua 14ª edição, é uma recepção aos estudantes estrangeiros, para passar mais informações da USP a eles, dos intercambistas se enturmarem e, também uma oportunidade de eles falarem apresentarem suas impressões sobre o país e a Universidade. Dados de 2009 mostram que a USP tem 690 alunos estrangeiros estudando em suas Unidades e 925 alunos da USP fora do país.

Na abertura, houve a apresentação do Coral da Escola de Comunicação e Artes (ECA), que cantou quatro músicas. Depois, foi a vez do vice-reitor executivo de Relações Internacionais, Adnei Melges de Andrade, falar sobre a importância da internacionalização para a Universidade e os alunos. 

“É uma satisfação ver o esforço de internacionalização que a USP está fazendo. Esperamos que vocês [os alunos de intercâmbio], quando voltarem para seus países, sejam embaixadores deste país e desta Universidade. Porque o depoimento de vocês dizendo como foram acolhidos nesta Universidade é mais importante que os rankings”, afirmou. 

Cultura brasileira 

A professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA), Dilma de Melo Silva, coordenadora do curso “Brasil: sua gente e sua cultura”, aproveitou para convidar os alunos estrangeiros a participarem do curso, que aborda a formação histórica do país, as manifestações artísticas, os meios de comunicação de massa e a internacionalização da cultura brasileira, com o objetivo de fornecer suporte aos estudantes e professores estrangeiros que estão na USP, para conhecerem melhor a cultura do Brasil. 

Dilma disse que os estudantes estrangeiros, principalmente os que estão na capital paulista, têm a oportunidade de conhecer várias culturas, pois o Estado e a cidade de São Paulo são a “vitrine das manifestações culturais, que mostra o Brasil todo e todo o mundo”, lembrou a professora, citando os bairros paulistanos em que existem maior concentração de estrangeiros e seus descendentes, como a Bela Vista e a Mooca (italianos) e a Liberdade (japoneses). 

“A internacionalização não é só ir para fora, mas também receber alunos estrangeiros”, disse a pró-reitora de Graduação, Telma Maria Tenório Zorn, destacando que o intercâmbio é uma oportunidade não só de troca científica entre alunos e professores de outros países, mas também uma troca cultural. 

Segundo o pró-reitor adjunto de Pós-Graduação, Arlindo Philippi Junior, muitos professores da USP fizeram sua complementação acadêmica no exterior e, agora, a Universidade está retribuindo isso. O assessor de apoio a visitantes da CCInt, Paulo Afonso Faria da Veiga, lembrou que toda a equipe está à disposição dos estudantes. Ele revelou que pretende lançar, ainda neste semestre, um manual sobre intercâmbio no site da CCInt para auxiliar os estudantes antes mesmo de eles virem para o Brasil. 

Ferramenta de pesquisa 

O assessor de apoio à cooperação da CCInt, Antonio Carlos Vieira Coelho, contou um pouco da experiência de trabalhar na Comissão de Relações Internacionais da Escola Politécnica, Unidade da qual é professor. E disse, que apesar da pesquisa científica ser recente no Brasil quando comparado aos Estados Unidos e à Europa, no país há uma ferramenta de pesquisa inexistente em outros países, a Plataforma Lattes, a qual possibilita o acesso público aos currículos de professores e pesquisadores no país. 

Alguns alunos se manifestaram e falaram sobre suas experiências na Universidade e no país, como o argentino de Santa Fé, Ricardo Manoel Gomes, que veio da Universidad Nacional del Litoral e está há um ano por aqui cursando arquitetura. “A cidade é maravilhosa. Estudei aqui [USP] com professores que já tinha estudado em livros na Argentina”, comemora o estudante, que está trabalhando em um escritório de arquitetura e, segundo ele, está tendo oportunidades de fazer projetos do mundo todo. 

No final, foi mostrado um vídeo com informações sobre a graduação, pós-graduação, pesquisa e a cultura e extensão universitária feita na USP, e a exibição de um grupo de capoeira, coordenado por Gladson de Oliveira Silva, professor do Centro de Práticas Esportivas (Cepe), que animou a todos e pediu palmas, pois “mesmo não sabendo jogar capoeira ou cantar as músicas, todos sabem bater palmas”.

Além dos alunos estrangeiros que estão fazendo intercâmbio na USP, estiveram presentes ao encontro representantes dos Consulados de vários países: Angola, Oliveira Ecoge; Bolívia, Jaime Valdivia Almanza; Colômbia, Edwin Ostos; Holanda, Gonneke de Riddes; Japão, Yusuke Takahashi; Paraguai, Célia Éster Cañete Ledesma; e Peru, Ana Teresa Lecaros. 

Prêmio Nobel de Química  

O evento teve a participação de um ilustre convidado, o professor da University of California em Berkeley, Yuan T.Lee, um dos ganhadores do prêmio Nobel de Química de 1986 por seus trabalhos de cinética química em fase gasosa, nos quais obteve informações mais detalhadas a respeito dos processos químicos elementares.   

Lee veio à USP fazer uma palestra no Instituto de Química, e a pedido do vice-reitor executivo de Relações Internacionais fez um breve relato de sua história, contando momentos de sua vida acadêmica e a importância da internacionalização da ciência para o desenvolvimento.

O prêmio nobel de química de 1986, Yuan T.Lee, fez uma breve palestra no encontro

 

 

 

 

 

 

 

(Crédito das Fotos: Ernani Coimbra)


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