Gecom lança publicação e calendário de atividades para 2013 com debate

A Universidade sob os olhos da imprensa” foi o tema do debate promovido pela Superintendência de Comunicação Social, no último dia 23 de abril, que teve como convidados os jornalistas Luciana Constantino, do jornal “O Estado de S. Paulo”, e Alexandre Machado, da Rádio Cultura FM. Na ocasião, também foram lançados a publicação “Gestão da Comunicação – Gecom na Universidade de São Paulo: A Comunicação como Razão de Ser” e o calendário de atividades do Gecom para 2013.

 29/04/2013 - Publicado há 11 anos
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“A Universidade sob os olhos da imprensa” foi o tema do debate que teve convidados os jornalistas Luciana Constantino, do jornal “O Estado de S. Paulo”, e Alexandre Machado, da Rádio Cultura FM

“A Universidade sob os olhos da imprensa” foi o tema do debate promovido pela Superintendência de Comunicação Social (SCS), no último dia 23 de abril, que teve como convidados os jornalistas Luciana Constantino, do jornal “O Estado de S. Paulo”, e Alexandre Machado, da Rádio Cultura FM. Na ocasião, também foram lançados a publicação “Gestão da Comunicação – Gecom na Universidade de São Paulo: A Comunicação como Razão de Ser” e o calendário de atividades do Gecom para 2013.

O evento reuniu mais de 100 profissionais que atuam na área de comunicação oriundos de Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos, Museus, Prefeituras dos Campi, Hospitais e Órgãos da Administração Central da USP, dirigentes e docentes da Universidade e comunicadores de outras instituições.

O debate faz parte do escopo de atividades do Grupo de Gestão de Comunicação da USP (Gecom), projeto inédito na Universidade, cujo início foi marcado por um encontro desses profissionais promovido nos dias 23 e 24 de agosto do ano passado, na cidade de Itupeva, que tiveram a oportunidade de assistir a palestras proferidas por professores e especialistas da área sobre planejamento estratégico, uso de novas tecnologias e divulgação científica, além de discutir temas-chave da comunicação na Universidade em grupos de trabalho.

“Este debate representa o lançamento da programação do Gecom em 2013. Após as discussões iniciadas no ano passado, percebemos que algumas questões mereciam ser aprofundadas e que acabaram dando origem aos workshops que serão realizados nos próximos meses, com início a partir de junho. Temos consciência de que esse é um trabalho de longo prazo e que ainda falta muita coisa para ser discutida”, explicou a presidente da Comissão Organizadora do Gecom e chefe técnica da Divisão Mídias Online da SCS, Márcia Blasques, na abertura do evento.

Sobre a publicação “Gestão da Comunicação – Gecom na Universidade de São Paulo: A Comunicação como Razão de Ser”, que reúne material coletado a partir das palestras proferidas no encontro do ano passado e os relatórios de discussão dos grupos de trabalho, Marcia ressaltou que esta não deveria ser encarada como ata de reuniões. “É um ponto de partida para assuntos que ainda deverão ser discutidos”, avaliou.

A publicação reúne material coletado a partir das palestras proferidas no encontro do ano passado e os relatórios de discussão dos grupos de trabalho

Em outubro de 2011, por meio de portaria interna, o reitor João Grandino Rodas designou uma comissão para organizar as atividades do Gecom, que é formada por representantes de todos os campi da Universidade: Adriana Cruz (Reitoria), Edmilson Luchesi (São Carlos), Luciana Jóia de Lima (Piracicaba), Lupércio Tomaz (SCS), Marianne Ramalho Ferreira (Bauru), Pedro Ortiz (SCS), Regis Gonçalves (Pirassununga), Rosemeire Soares Talamone (Ribeirão Preto) e Simone Colombo Lopes (Lorena).

Durante sua fala, o superintendente de Comunicação Social, Alberto Carlos Amadio, destacou os principais objetivos do debate: apresentar os resultados do encontro dos profissionais realizado no ano passado e anunciar as próximas etapas dos trabalhos do grupo. “O Gecom pretende ser permanente, perene, trazendo à tona temas importantes e desafiadores para a comunicação da USP. Apesar de ainda estarmos no início dos trabalhos, temos a certeza de que poderemos chegar a um termo comum e encontrar soluções para as questões de comunicação interna e externa da Universidade”, considerou.

Para o pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade, Vahan Agopyan, que representou o reitor no evento, “as universidades de pesquisas – não só no Brasil, mas em todo o mundo – têm dificuldade de se apresentar à sociedade em sua amplitude. Com isso, não conseguimos apresentar todo o potencial que a Universidade pode oferecer e é justamente nesse ponto que a imprensa pode desempenhar papel fundamental”.

Credibilidade

A editora executiva do jornal “O Estado de São Paulo”, Luciana Constantino, deu início à sua apresentação traçando um paralelo entre o momento que os jornais e as universidades brasileiras estão vivenciando. “Os jornais impressos estão passando por um período difícil, com o surgimento de outras mídias, a pulverização da publicidade e a estagnação do número de assinantes. Por isso, estamos definindo um norte centrado na credibilidade conquistada ao longo dos anos, que é nosso principal valor. Os jornais começam a entender que fornecer informações de qualidade é o caminho para reconquistar seu público”, afirmou.

Luciana também já atuou no jornal Folha de S. Paulo, como repórter e coordenadora de política na sucursal de Brasília. É formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina e cursou Master em Gestão Estratégica e de Marcas, do Instituto Internacional de Ciências Sociais e da Universidade de Navarra.

Ao falar sobre as universidades, Luciana comentou que, na década de 1990, houve um boom no ensino superior particular e, com a expansão, também surgiram cursos de baixa qualidade. “Daí a importância de mostrar a USP como uma instituição tradicional, com a qualidade que gostaríamos que todas as universidades tivessem. Da mesma forma que a USP precisa ser ouvida pela sociedade, por meio da mídia, a sociedade também deve ser ouvida pela Universidade”, comparou.

O evento reuniu mais de 100 profissionais que atuam na área de comunicação na Universidade

Para o jornalista da Rádio Cultura FM, Alexandre Machado, existe uma lacuna entre a Universidade e a imprensa que precisa ser preenchida. “A USP precisa saber que a mídia não é um bicho papão. Como jornalista, tenho dificuldades para conseguir acesso aos dirigentes da Universidade e isso contribui para a percepção externa de que a USP não está realmente aberta à comunicação”, analisou.

Machado já atuou nas mais variadas áreas da comunicação. Foi editor da revista Veja e do jornal Gazeta Mercantil. Na televisão, apresentou vários programas, entre eles, “Crítica & Autocrítica”, na Rede Bandeirantes, “Vamos Sair da Crise”, na TV Gazeta de São Paulo, e “Opinião Nacional”, na TV Cultura. Foi coordenador de Comunicação Social do Ministério do Planejamento e secretário de Estado da Comunicação Social de São Paulo. Há dois anos, apresenta o programa “Começando o Dia com Alexandre Machado”, na Rádio Cultura FM.

Segundo Machado, essa abertura contribuiria significativamente para um melhor relacionamento da Universidade com a sociedade. “Por desempenhar um papel central na construção de um país democrático, a USP é uma das instituições que podem definir o Brasil. Por isso ela precisa falar mais, se manifestar mais, promover debates e estar mais próxima da sociedade”, asseverou.

Em seguida, foi aberta a sessão de perguntas aos participantes e, ao final do evento, um coquetel promoveu a integração dos profissionais.

(Fotos: Cecília Bastos)


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