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No dia 28 de novembro, o anfiteatro Camargo Guarnieri, no campus da USP em São Paulo, foi sede da solenidade de premiação de estudantes do ensino fundamental e médio que participaram da Olimpíada Nacional de Ciências.
O programa é promovido pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Piauí e conta com a parceria da Associação Brasileira de Química, do Instituto Butantan, da Sociedade Astronômica Brasileira e da Sociedade Brasileira de Física e o apoio financeiro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Neste ano, a competição teve mais de dois milhões de estudantes inscritos em todo o país e, desses, nove mil foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze e certificados de menções honrosas. No Estado de São Paulo, foram mais de 300 mil inscritos e 1.700 estudantes premiados.
“Talvez hoje vocês não tenham a dimensão do grande feito que alcançaram. Vocês foram despertados pela ciência. Vocês estão pavimentando o caminho que vão trilhar!”, destacou o reitor da USP, Vahan Agopyan, que participou da cerimônia. Agopyan falou sobre a iniciativa da USP, implantada este ano, de destinar vagas em seus cursos de graduação para estudantes que tenham participado de competições do conhecimento.
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Em 2019, foram oferecidas 113 vagas em 60 cursos de graduação da Universidade. A maioria das vagas estava vinculada a cursos de ciências exatas e engenharias, mas também havia opções em cursos na área de humanas, como Gestão de Políticas Públicas e Design, e biológicas, como Farmácia, Ciências Biológicas e Ciências Biomédicas. Do total de mais de 1.500 inscritos, 81 alunos foram classificados.
O dirigente da USP também parabenizou o trabalho desenvolvido pelos professores e citou uma pesquisa, divulgada recentemente pela Fundação Varkey, entidade dedicada à melhoria da educação mundial, que constatou que o Brasil é o país que mais desvaloriza o professor entre as 35 nações avaliadas.
“É lamentável sermos uma sociedade que não prestigia o professor. Se a sociedade não tem essa consideração, o País está fadado ao fracasso. Os professores aqui presentes conseguiram motivar seus alunos a participarem dessa olimpíada e a estudarem ciência. São grandes heróis que, apesar das dificuldades, estão lutando para oferecer um país melhor no futuro”, afirmou.
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, ressaltou que “a ciência e tecnologia são as bases do conhecimento, do desenvolvimento econômico e social de qualquer país, e vocês são a parte mais importante de tudo isso. Não importa termos a maior tecnologia do planeta se a gente não tiver jovens interessados para serem esses profissionais e pesquisadores no futuro”.
Também participaram do evento o pró-reitor de Pesquisa da USP, Sylvio Roberto Accioly Canuto; a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado; o secretário executivo da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, Haroldo Correa Rocha; o reitor da Universidade Federal do Piauí, José Arimateia Dantas Lopes; o coordenador-geral da Olimpíada, Jean Carlo Antunes Catapreta; o diretor da Divisão Cultural do Instituto Butantan e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Rui Curi; o secretário-geral da Universidade e vice-diretor do Instituto de Química, Pedro Vitoriano de Oliveira; e a presidente da Associação Brasileira de Química, Silvana Carvalho de Souza Calado.