O governo do Estado de São Paulo elaborou um novo projeto para despoluir o rio Pinheiros. O objetivo é impedir que esgoto e lixo cheguem ao rio, o que significa interromper esse descarte nos afluentes, numa manobra que permitirá que o rio volte a ter oxigênio. Para tornar a água do rio Pinheiros mais limpa, o governo do Estado deve investir em torno de R$ 1,5 bilhão. Para o professor José Carlos Mierzwa, chefe do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da USP, essa proposta dá continuidade às ações que já vinham sendo tomadas por governos anteriores ao atual e conduzidas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
“A ideia básica desse novo projeto é implantar, em regiões onde existe uma dificuldade de instalar a rede coletora de esgoto, estações localizadas de tratamento, interceptar os corpos d´água que recebem esse esgoto que não é coletado, tratá-lo e devolver para o curso da água”, explica ele. O projeto também prevê conter a poluição chamada de carga difusa, que nada mais é do que o lixo carregado para rio, sobretudo em períodos de chuva. A estratégia passa pela coleta da água logo no início do período pluvial – ou seja, no pico da poluição. Essa água seria então coletada, tratada e armazenada. Como resultado, ela correria para o rio sem qualquer poluição.
Na opinião de Mierzwa, trata-se de um projeto com potencial para funcionar, desde que os órgãos envolvidos – governo do Estado, Prefeituras municipais e respectivas companhias de saneamento – trabalhem em conjunto e façam sua parte.
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