Uso de antidepressivos na gravidez deve ser discutido com médicos

A decisão de utilizar esses remédios durante a gestação deve levar em conta alguns fatores, como a gravidade da doença mental da futura mãe

 31/07/2019 - Publicado há 5 anos
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O  boletim Pílula Farmacêutica desta edição explica se os medicamentos antidepressivos podem ser usados durante a gravidez. Ainda não é possível comprovar a segurança da utilização de psicofármacos durante a gestação, pois, por razões éticas, não é possível conduzir estudos clínicos controlados durante a gravidez. As respostas obtidas até o momento são baseadas em estudos realizados com animais e relatos de casos com o uso desses medicamentos. 

A decisão de utilizar esses remédios durante a gestação deve levar em conta a gravidade da doença mental. Os psicofármacos são prescritos somente em casos onde o risco de malformação fetal for menor que as consequências de uma doença mental sem tratamento. 

Todos os medicamentos psicotrópicos atravessam a placenta e podem expor o feto a algum grau de risco. Geralmente, os efeitos da terapia farmacológica são discutidos quase que exclusivamente no contexto de seus riscos no primeiro trimestre da gestação. Entretanto, esse tipo de medicamento pode prejudicar mesmo após a formação dos órgãos. 

Porém, é preciso lembrar que as taxas de depressão na gestação chegam a 20% e mulheres com histórico de episódios depressivos apresentam recorrência do quadro durante a gravidez ou período pós-parto. Se a doença não for tratada o risco não é só para a mãe, mas também para o feto.

O boletim Pílula Farmacêutica é apresentado pelos alunos de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, com supervisão da professora Regina Célia Garcia de Andrade. Trabalhos técnicos de Luiz Antonio Fontana.

Ouça acima, na íntegra, o boletim Pílula Farmacêutica.

 


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