Novo diretor do MAE quer um museu mais eficiente e acessível

A cerimônia de posse da nova diretoria foi realizada no dia 14/02, na Sala do Conselho Universitário

 14/02/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 10/12/2019 as 15:28
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Em seu discurso, Paulo DeBlasis, reforçou a importância dos Museus para mostrar à sociedade a diversidade e a beleza do conhecimento humano – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O novo diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Paulo Antonio Dantas DeBlasis, e o vice-diretor Eduardo Góes Neves tomaram posse na manhã de hoje, dia 14 de fevereiro.

A cerimônia foi realizada na Sala do Conselho Universitário e contou com a presença de muitos dirigentes da Universidade, pesquisadores, servidores, alunos e representantes de instituições históricas e culturais.

O reitor Vahan Agopyan lembrou que “a USP tem mais de 120 acervos museológicos, sendo que quatro dessas coleções se destacam e constituem museus autônomos. Por sermos uma universidade de pesquisa, nossas atividades, inclusive o ensino, são realizadas em um ambiente de pesquisa. Por isso, os museus desempenham um papel muito importante e complementam essa formação. Nós sabemos que a formação de líderes não se restringe às salas de aula e que as atividades culturais são imprescindíveis para a formação não apenas de bons profissionais, mas de excelentes cidadãos”.

Em seu discurso de posse, DeBlasis afirmou que assumir a diretoria do MAE é um grande e estimulante desafio. Entre os assuntos que devem receber especial atenção em sua gestão estão a reorganização das atividades e da estrutura administrativa do Museu, o investimento em infraestrutura e segurança patrimonial, e as atividades de extensão. “Apesar de uma excelente equipe de curadoria, museografia e educação em museus, o MAE esbarra na falta de um espaço expositivo adequado, onde a grandiosidade e a diversidade estética e cultural de seu acervo possam, efetivamente, ser exploradas em todo o seu potencial. Urge colocar o MAE em um contexto de maior visibilidade, de modo que ele possa efetivamente participar da cena cultural paulistana, brasileira e mesmo internacional”, explicou o diretor.

DeBlasis aproveitou a ocasião para anunciar que o espaço expositivo situado na sede do MAE, atualmente fechado para reformas, em breve retomará as atividades de visitação e eventos associados.

“Em tempos de crescente obscurantismo que temos vivido ultimamente, quando a própria ciência, como modo de conhecimento, vem sendo questionada, qual é o papel da universidade e dos museus? Acredito que a universidade tem nas mãos, através de seus museus, instrumentos extremamente eficazes para mostrar à sociedade a diversidade do conhecimento humano, sua beleza e importância, em seus aspectos científicos e culturais, e poderia – deveria – tirar maior proveito deles”, concluiu.

[Da esq. p/ dir.] O diretor do MAE, Paulo DeBlasis, as professoras Marisa Coutinho Afonso e Maria Beatriz Borba Florenzano, o vice-diretor Eduardo Góes Neves e a ex-diretora Maria Cristina Oliveira Bruno – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Quem são

Paulo Antonio Dantas DeBlasis possui graduação em História, mestrado em Antropologia Social, doutorado em Arqueologia e livre-docência em Arqueologia, todos pela USP. É arqueólogo e, desde 1987, é professor associado de Arqueologia e História Pré-Colonial do Brasil no MAE. Atuou como o vice-diretor do Museu na gestão anterior.

Além das atividades associadas a pesquisa arqueológica, curadoria de acervo e prestação de serviços à comunidade, ministra regularmente cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária. Suas áreas preferenciais de atuação são sambaquis (shellmounds), caçadores-coletores e arte rupestre.

O vice-diretor Eduardo Góes Neves é graduado em História pela USP, mestre e doutor em Arqueologia pela Universidade de Indiana (EUA) e livre-docente pela USP. Professor titular de Arqueologia Brasileira do MAE, Neves é pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios (Cesta) e coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos.

Realiza pesquisas e orienta trabalhos acadêmicos na Amazônia Brasileira, principalmente em sua porção oriental. É o atual presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira e diretor da Society for American Archaeology.


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