O cientista político André Singer inaugura sua primeira coluna do ano analisando o primeiro mês do governo de Jair Bolsonaro. Ele destaca dois episódios em particular: a decisão do novo governo de facilitar a posse de arma, a qual remete a uma promessa de campanha, mas que não deixa de ser controvertida, na medida em que sempre há o risco de que uma medida como essa aumente os índices de violência; e as notícias que saíram na imprensa, as quais revelam que um dos filhos do presidente empregava em seu gabinete, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a mãe e a esposa de um ex-capitão da PM, supostamente envolvido com as milícias cariocas. Para Singer, essa é uma ligação que pode causar muitos problemas para o presidente da República.
No que diz respeito ao assunto do momento – o rompimento da barragem em Brumadinho -, embora admita que a tragédia não possa ser atribuída a uma ação direta do governo Bolsonaro, Singer observa ser essa “uma tragédia de grandes proporções e que acaba afetando justamente essa sensação de insegurança que existe hoje no Brasil, onde muita coisa parece frágil, volátil, como as próprias barragens de Minas Gerais“. Na opinião do colunista, “a ação do governo foi fraca em resposta”, carecendo de uma iniciativa preventiva mais efetiva no sentido de evitar a repetição desse tipo de desastre.
Acompanhe pelo link acima a íntegra da coluna Poder e Contrapoder.