Hospital das Clínicas amplia Serviço de Transplante Renal

Área de internação do hospital aumentou em 20% o número de leitos para pacientes

 21/11/2018 - Publicado há 5 anos

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O Serviço de Transplante Renal do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) inaugura nesta quinta-feira, dia 22, as modernas instalações da ala de internação, que permitiram aumentar em 20% a capacidade de atendimento, fundamental para um hospital de alta complexidade que tem em média 200 transplantes de rins por ano. Destes, cerca de 60% são de doadores falecidos e 40% de doadores vivos. O Serviço de Transplante Renal do HC realizou o primeiro transplante de rim na América Latina. O procedimento ocorreu em 1965, seis anos após a realização do primeiro transplante renal do mundo. No total, já realizou mais de 5 mil transplantes renais e conta com cerca de 6.300 pacientes em seguimento ambulatorial.

Segundo o Doutor William Nahas, diretor da Divisão de Clínica Urológica do HC da Faculdade de Medicina da USP, as melhorias oferecem um atendimento mais digno aos pacientes com insuficiência renal e também um local de trabalho mais adequado para os médicos. “Foram refeitas todas as instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado, todos os quartos passaram a ter banheiros privativos, aumentou em 20% o número de leitos, você vai dar condições mais dignas para que a população em geral possa realizar esse tratamento pelo Sistema Único de Saúde em condições melhores, tanto para nós, médicos, trabalharmos, como para o indivíduo no período de sua internação para fazer o transplante ou para tratar as suas complicações.”

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Com as apropriações, os procedimentos para transplantes de rim sentirão os efeitos das novidades na ala em que os pacientes, sejam doadores ou receptores, ficam internados. O HC realiza a doação feita em vida, em que a pessoa, de forma espontânea, transfere um de seus rins e quando o órgão é de um doador falecido e disponibilizado por uma comissão vinculada à Secretaria do Estado, que organiza a captação e distribuição. No primeiro caso, o doador fica, em média, três a quatro dias internado, enquanto o indivíduo que recebe o órgão fica entre sete e nove dias. A segunda situação requer mais cuidados, devido ao processo de retirada e de verificação de compatibilidade de um outro organismo com o rim doado. “Isso demora de seis a 12 horas e, nesse período, o rim é retirado do doador e armazenado em baixa temperatura até que o receptor seja contatado e venha ao hospital. Com isso, o rim não pode funcionar de imediato. Mas depois de cinco ou dez dias, o órgão volta a funcionar. Então, o receptor acaba ficando mais tempo quando comparado com o receptor de um rim de um doador em vida”, afirma o especialista.

Há também os pacientes em seguimento ambulatorial, que serão beneficiados com o aumento da capacidade de atendimento, uma vez que eles precisam de maior número de hospitalizações devido às doenças que levaram à insuficiência renal. 

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