Curso de Fonoaudiologia da USP completa 60 anos

Para professora, maior desafio é a especialização já que a fonoaudiologia se tornou de alta complexidade

 07/08/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 11/11/2019 as 13:07
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jorusp

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Pioneiro no Brasil e América do Sul, o curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da USP comemora 60 anos e ocupa a liderança no ranking nacional de publicações na área. A fonoaudióloga Claudia Regina Furquim de Andrade, docente da disciplina de Fonoaudiologia na FMUSP, esclarece ao Jornal USP no Ar os desafios enfrentados pelo curso e a estrutura de atendimento nos quatro espaços de assistência – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Hospital Universitário, Centro de Docência e Pesquisa e Centro de Saúde Samuel Pessoa -, que realizam mais de 20 mil atendimentos todos os anos.

O curso prepara os estudantes para atuar em todas as áreas de atenção à saúde e atender qualquer paciente, desde os distúrbios simples aos complexos da comunicação humana. Por isso, trabalham no atendimento primário, feito no Centro de Saúde Samuel Pessoa, que exige menor especialização, em distúrbios de complexidade secundária no Hospital Universitário e em todo o complexo do Hospital das Clínicas. Além disso, pesquisas são constantemente produzidas para maior investigação e compreensão do campo da fonoaudiologia.

Andrade revela que o maior grupo de pacientes é formado pelas crianças que apresentam distúrbios simples, como atrasos na aquisição da fala e linguagem, trocas nos sons da fala, problemas de alfabetização e alterações na mordida e dentição. Fora as patologias graves, a maioria dos distúrbios na infância não necessita de tratamentos durante toda a vida. Por meio de programas terapêuticos, as crianças são atendidas para que sejam capazes de superar o problema inicial. Os idosos seguem em quantidade de atendimentos, com atenção para audição, fala e deglutição.

A professora afirma que o maior desafio é a especialização dos profissionais, já que a fonoaudiologia se tornou um campo extenso e de alta complexidade. O curso também tem um papel social de relevância e oferece atendimento de qualidade na saúde pública. A ameaça de corte de gastos para pós-graduação e pesquisa também é uma preocupação. Por ser uma área em ascensão em conhecimento científico, a falta de recursos prejudicaria o aprimoramento do curso e a permanência de grande parte dos pesquisadores, que contam com a bolsa para realizarem os estudos.  

Jornal da USP no Ar, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93,7, em Ribeirão Preto FM 107,9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular. Ouça, no link acima, a íntegra da entrevista.


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