Redução do tempo de sono pode aumentar índices de mortalidade

O professor Alan Eckeli fala sobre os vários efeitos negativos da falta de sono

 24/07/2018 - Publicado há 6 anos
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Dormir tem efeito antioxidante no organismo, revela estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos e publicado pela revista Plos Biology, no início deste mês. A lógica encontrada pelos pesquisadores norte-americanos é que a falta de sono traz efeitos negativos para a saúde, como o estresse oxidativo agudo, e uma noite bem-dormida aumenta as propriedades antioxidantes.

O professor Alan Eckeli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, responsável pelo ambulatório do sono do Hospital das Clínicas da FMRP, explica que a pesquisa avaliou “a relação do estresse oxidativo com o sono. Para isso, utilizaram moscas para chegar ao resultado final e os pesquisadores observaram os reativos óxidos de oxigênio, ou seja, o estresse oxidativo. Conforme o indivíduo sentia o aumento do tempo total de sono, produziu redução do estresse oxidativo. O sono age num processo que traz equilíbrio para o estresse oxidativo.”

Segundo Eckeli, “a falta de sono se tornou epidemia e está relacionada ao mundo moderno. Com isso, nota-se a diminuição do tempo de sono, redução do alerta, da memória, comprometendo a cognição do indivíduo. Além disso, afeta o humor, gera depressão e ansiedade,” afirma.

Outra análise do professor é que “a redução do tempo de sono promove aumento da mortalidade” e dá dicas de como ter uma boa noite de sono. “É necessário ter horário regular para dormir e acordar; não usar substâncias estimulantes próximo ao horário de dormir; evitar bebidas com cafeína.” O professor lembra que a atividade física beneficia o sono, mas é indicado realizar durante o dia; deve-se evitar o tabagismo à noite, pois há aumento da capacidade de alerta; não utilizar substâncias para dormir sem indicação médica; ter quarto escuro e silencioso; evitar o uso de celular e televisão, pois gera a inibição da melatonina, que ajuda no início do sono”,  conclui.

Ouça a íntegra da entrevista no link acima.


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