A coroa da rainha Elizabeth 2ª resplandece os brilhos nos olhos de milhões de pessoas que acompanham atentamente, em todo o mundo, as fases das vidas de seus netos William e Harry.
Filhos de Charles, herdeiro direto ao trono, e de Diana, que morreu em 1997, os jovens nobres catalisam uma fase de inconteste empatia pelo célebre império.
“A família real britânica está vivendo um momento bom da história deles”, reconhece a professora Maria Elisa Cevasco, especialista em cultura britânica no Departamento de Letras Modernas da USP. “Não há ninguém causando problemas.”
De todas as 28 monarquias existentes no mundo, segundo levantamento da BBC, a do Reino Unido é de longe a mais popular. Um dos motivos, diz a pesquisadora, é que “eles conseguiram adaptar um mito tradicional, que é o mito da realeza, a um mundo ultramoderno”. E, apesar de não deterem o poder executivo de fato, essas pessoas nascidas sob o signo da realeza conjugam “uma função política de unidade”.
Trata-se, portanto, de “um mito que une a nação britânica”, reforça a professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. “E, neste momento, embaixo de uma nuvem cor de rosa.”