Avanços na política podem resolver problemas de esgoto e saneamento

Colunista considera “uma tragédia” o descaso com a questão, que atinge o mais básico dos direitos humanos

 22/03/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 23/03/2018 as 12:34

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Ao abordar o Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília, o colunista faz um alerta para a questão do esgoto. Ele ressalta que, de acordo com um estudo recentemente apresentado sobre países da América Latina, o custo para o déficit do saneamento equivale a  2,5% do PIB anual. Por outro lado, mostra que bastaria 0,3% do PIB, investido a cada ano, para que o assunto se resolva nos próximos 17 anos.

“São necessários avanços na ciência política para que a questão seja, de fato, resolvida”, opina o colunista. Segundo ele, a América Latina está na “lanterninha” mundial em relação a saneamento básico e esgoto.

Trata-se, segundo o cientista, “do mais básico dos direitos humanos”. Eli da Veiga lembra que as crianças, antes dos cinco anos, que convivem com o esgoto a céu aberto, têm muitas diarreias. “Mais da metade das crianças brasileiras estão nesta situação de risco.”

Segundo o Instituto Trata Brasil, cidades que bem cuidaram do saneamento básico hoje não contabilizam internações hospitalares por diarreia. De outro lado, há municípios que tiveram uma média de 4.500 mil internações por diarreia.

Eli da Veiga acredita tratar-se de uma “tragédia”, visto que muitas crianças brasileiras que são internadas por esse motivo têm um risco alto de não acompanhar a escola, já que a diarreia resulta num comprometimento cerebral.

Ouça a coluna na íntegra.


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