Planejamento pode ser saída para dificuldades financeiras

Professor da FEA diz que investir em capacitação profissional amplia condições de melhorar a renda

 30/01/2018 - Publicado há 6 anos

O ano que acaba de se iniciar traz consigo  a responsabilidade de o brasileiro fazer algo a que não é muito afeito: planejamento financeiro. Em meio à crise pela qual ainda passamos, a organização monetária acaba se tornando uma das poucas saídas para evitar o endividamento e, de quebra, melhor utilizar o suado dinheirinho de cada mês. Planejar nem sempre é uma tarefa fácil, porém.

O professor Luiz Jurandir Simões (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP) diz que o Brasil é muito complexo, com cada estrato social apresentando dificuldades financeiras muito distintas. Há pessoas de renda alta, por exemplo, que apresentam um risco de crédito muito alto por gastarem muito mais do que recebem, uma vez que estão habituados a manter um “padrão de consumo absurdo”. Para pessoas que se enquadram nessa situação, o professor da FEA aconselha uma mudança de comportamento, no sentido de que possam se ajustar à realidade e passem a não gastar mais do que ganham.

Por sua vez, os indivíduos que possuem renda menor – a grande maioria da população – têm poucas alternativas de investimento, uma vez que não possuem rendimentos para tanto, principalmente em um país de custo tão elevado como o Brasil, onde a carga tributária é enorme. Para essas pessoas, diz Jurandir Simões, o grande investimento é a qualificação profissional, o que “aumenta brutalmente o seu potencial de receita”. Ele entende que o capital intelectual do brasileiro está aquém do que deveria, por isso a necessidade de investir numa melhor qualificação, fazendo cursos ou se aprimorando profissionalmente.

“Se a população brasileira não se qualificar, ela vai ter muita dificuldade de aumentar a renda”, afirma Jurandir Simões, na opinião de quem só o estudo pode melhorar o potencial de captação de receita. Em relação ao aspecto puramente financeiro, ele traça um perfil dos principais investimentos à disposição no mercado, destacando a compra direta de títulos do tesouro, os quais têm a capacidade de oferecer baixo risco e de proteger o poder de compra.


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