Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, tornaram-se réus pelos crimes de manipulação de mercado e uso indevido de informação privilegiada, conhecida como insider trading. O Ministério Público Federal acusa os empresários de lucrarem R$ 100 milhões em aquisições de contratos futuros e dólares. Os irmãos Batista teriam se valido de informações sobre a delação premiada que haviam firmado com a Procuradoria Geral da República. O caso ainda deverá ser julgado. A preocupação, no entanto, é com os efeitos dessa operação e o que representam para a credibilidade do mercado financeiro.
Para o professor Luiz Jurandir Simões de Araújo (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade ( FEA) da USP, a resposta para essa questão é simples. A seriedade do mercado financeiro vai ser preservada desde que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) seja extremamente rigorosa, o que, a rigor, deve ser a norma em casos como esse, não apenas quando envolve empresa privada, mas também quando a falcatrua é praticada por empresas públicas.