Terceiro presidente da República de Angola em 42 anos de independência, João Lourenço toma posse nesta terça-feira (26). Ele substitui José Eduardo dos Santos, que governou o país africano por 38 anos. Ambos são do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Para o professor Fernando Augusto Albuquerque Mourão, do Departamento de Sociologia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, os principais desafios políticos e sociais na Angola de hoje são sobreviver à crise do petróleo — o combustível é responsável por 30% do PIB, 50% das receitas públicas e 95% das exportações do país — e o rombo nas contas públicas — muito em parte da desvalorização do kwanza, a moeda local. Entre as alternativas para superar a crise, o professor aponta a necessidade de o país africano “diversificar a produção”.
Nascido na província de Malange e com 63 anos de idade, João Lourenço era o favorito para vencer as eleições e responde à ânsia da população angolana, que reivindicava a saída de seu antecessor. Entre as promessas de campanha, Lourenço garantiu combater a corrupção, atrair investimentos de outros países e diversificar a economia.
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