Grupo analisa o acesso por bike entre os campi Butantã e EACH

O trajeto foi de 35 km, realizado no período de quatro horas; se houvesse ciclovias nas Marginas, tempo seria de 1h30

 10/01/2018 - Publicado há 7 anos
Ponto de encontro da pedalada foi a Praça do Relógio, na Cidade Universitária – Foto: Divulgação / EACH

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Em dezembro, os professores Reinaldo Pacheco e Thiago Allis, do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, organizaram o evento Pedal Inter USP. Uma pedalada entre os campi da Cidade Universitária e da zona leste com o objetivo de chamar a atenção e analisar a necessidade de melhores condições de acessibilidade por bicicleta entre os dois campi da USP, localizadas na cidade de São Paulo.

A atividade contou com a participação de dez pessoas, entre alunos, ex-alunos, professores e comunidade em geral. O trajeto foi de 35 km, realizado no período de quatro horas. A organização do Pedal Inter USP também contou com a colaboração de Suzana Nogueira, do Departamento de Planejamento Cicloviário da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

“A ideia desse evento surgiu da necessidade de discutirmos as necessárias conexões para que tenhamos, em breve, uma malha cicloviária plenamente integrada”, explica o professor Reinaldo Pacheco, que avaliou os gargalos conectivos que se apresentaram em muitos trechos do trajeto, principalmente entre o centro de São Paulo e a zona leste. “O objetivo foi analisar a possibilidade de conexão cicloviária entre os dois campi já que, se houvesse a implantação de ciclovias pelas Marginais, integradas à cidade, este trajeto poderia ser feito em cerca de 1h30.”

Para Mariana Costa, uma das participantes do Pedal Inter USP, a experiência foi muito importante. “Como ciclista, cidadã e até mesmo como pesquisadora, o passeio foi uma oportunidade não só para fortalecer uma rede de ciclistas, mas também, e principalmente, valorizar o uso da bicicleta nas cidades e reivindicar investimento público na criação e manutenção da malha cicloviária”, afirma ela, que é aluna do mestrado do Departamento de Ciência Política da USP. “Ao longo do trajeto percorrido, nós nos deparamos com vários trechos sem conectividade alguma às ciclovias existentes, o que nos obrigou a disputar os espaços das ruas com os carros, tornando o papel das ciclovias um tema ainda mais central.”

Ciclistas percorreram 35 km até o campus da USP na zona leste – Foto: Divulgação / EACH

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Segundo o professor Pacheco, esse evento inicial pretende se tornar um projeto de extensão comunitária ao longo dos próximos anos, pensando sempre nas ligações entre diversos espaços e equipamentos urbanos. A ideia é que ocorra ao menos uma saída por semestre.

Outro ponto positivo destacado pelo professor foi a partilha não só do trajeto, mas de uma refeição no Jardim Keralux. “Portanto, a atividade envolveu um componente de questionamento das conexões cicloviárias urbanas, mas também foi uma atividade de ciclo/lazer ao valorizar a formação do grupo e a cultura gastronômica local”, enfatiza ele.

Da Assessoria de Imprensa da EACH

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