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Em 130 hectares de uma área anexa ao campus da USP, em Piracicaba, são cultivadas diversas culturas, como milho, soja, cana-de-açúcar, pinhão-manso, palma, forrageiras, citros e tomate. A chamada fazenda Areão é utilizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) para implementar projetos de pesquisa, além de apoiar atividades de ensino e extensão. É na área experimental de irrigação do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB) que está o pivô central, um equipamento que irriga o solo e ajuda nos estudos sobre necessidade de água e seu manejo nas diferentes culturas alimentícias.
Anualmente, a Esalq recebe 200 estudantes de Engenharia Agronômica e 40 de Engenharia Florestal e oferece aos interessados a oportunidade de participar do Grupo de Práticas de Irrigação e Drenagem, que existe desde 1994. “As atividades com os alunos envolvem estudos de técnicas de como manejar a água aplicada para as diferentes culturas irrigadas, de forma a evitar desperdícios tanto de água quanto de energia e obter altas produtividades econômicas”, explica o professor Marcos Vinicius Folegatti, chefe do LEB.
O uso do equipamento é possível devido ao apoio de uma empresa do setor que doou o aparelho à Esalq. Para Folegatti, as parcerias entre as universidades brasileiras e o setor produtivo são de extrema importância para o desenvolvimento de pesquisas, ensino e capacitação. “Equipamentos modernos como esse pivô central para 10,5 hectares permitem grande versatilidade na realização dos estudos, que envolvem lâminas de irrigação variáveis para as diferentes culturas em divergentes estágios de desenvolvimento”, ressalta.
Além da unidade de Piracicaba, a empresa Irrigabras também doou um pivô central para irrigar uma área de 72 hectares do campus da USP em Pirassununga e um carretel irrigador para 12 hectares. Com cursos de Veterinária e Zootecnia, a população de animais é grande no local, por isso há produção de alimentos para eles, como milho para grãos e silagem, soja, sorgo, coast cross e, eventualmente, batata ou feijão como cultura de inverno.
O engenheiro agrônomo e assistente técnico de direção do campus de Pirassununga, Eduardo Ferraz de Oliveira, salienta o aumento da produtividade que a irrigação oferece, sendo possível a antecipação do plantio, não dependendo de fatores climáticos como a chuva. “Sem o sistema de irrigação seria possível somente uma ou no máximo duas culturas por ano. Com a atividade, temos um melhor aproveitamento da área, tornando viável a produção de duas ou três culturas anuais”, ressalta.
Segundo nota da Irrigabras, após a doação do equipamento, a empresa realiza treinamentos e oferece todo o suporte à Universidade. “Fazemos acompanhamento no local e realizamos a manutenção, bem como as atualizações, quando necessário”, enfatizam. Além disso, a Irrigabras marca presença em ações da Universidade, como em eventos onde há a utilização do equipamento, como é o caso do Simpósio Nacional da Cultura da Soja 2018 e o Simpósio Nacional da Cultura do Trigo 2017, ambos sediados na Esalq.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Irrigabras