Laboratório oferece estrutura para simulações industriais

Plantas-piloto simulam condições reais de produção e geram pesquisas que ajudam a melhorar o funcionamento do processo

 12/01/2017 - Publicado há 8 anos

 

Detalhes dos painéis da sala de controle do laboratório – Foto: Assessoria de Comunicação da Poli
Laboratório tem equipamentos usados comercialmente e pesquisa inovações em controles de processos em empresas que lidam com fluidos. Detalhes dos painéis da sala de controle do laboratório – Foto: Assessoria de Comunicação da Poli

O Laboratório de Controle de Processos Industriais (LCPI), vinculado ao Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle (PTC) da Escola Politécnica (Poli) da USP, acaba de completar seis anos de operação ininterrupta. Inaugurado oficialmente em 2010, o LCPI simula métodos de controle de processos em condições reais, encontradas em ‘chão de fábrica’. Essas tecnologias são essenciais em qualquer planta industrial que lide com fluidos: líquidos, gases e vapores.

“O objetivo dessa planta-piloto é oferecer infraestrutura para que alunos de graduação e estudantes de pós-graduação possam desenvolver pesquisas sobre controle de processos industriais”, ressalta o professor Claudio Garcia, coordenador do LCPI. Nela, alunos desenvolvem projetos de conclusão de curso de graduação na Poli, pesquisas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, e ainda estudos para cursos do Programa de Educação Continuada (PECE) da Poli. Atualmente são desenvolvidos no LCPI um projeto de iniciação científica, quatro trabalhos de conclusão de curso na graduação, dois de mestrado e dois de doutorado.

“O laboratório é composto por equipamentos que precisam atuar com o máximo de precisão para controlar variáveis diversas, como nível, pressão, vazão, temperatura e pH dos fluidos”, esclarece Garcia. Ele explica que uma planta industrial pode ter centenas de sensores e válvulas responsáveis por monitorar diversos fluidos e suas variáveis.

Na indústria, as válvulas de controle devem operar por um período relativamente longo de tempo sem apresentar falhas. No caso de refinarias, por exemplo, as válvulas precisam funcionar por, pelo menos, cinco anos, o intervalo previsto para paradas de manutenção. Contudo, é comum as válvulas se desgastarem e perderem performance antes desse prazo. Em geral, cerca de 30% das válvulas de uma planta apresentam alto atrito, que gera dificuldades em sua movimentação e uma consequente piora no desempenho da malha de controle. O problema é que, para fazer a manutenção de equipamentos de controle de processos industriais, é preciso interromper a produção por várias horas ou mesmo dias. “Imagine o prejuízo causado pela parada da linha de produção de uma empresa de petróleo, química ou siderúrgica”, questiona Garcia.

“Com as pesquisas no laboratório, desenvolvemos algoritmos para melhorar o funcionamento das válvulas e para a empresa manter um bom controle dos seus processos até chegar o momento de parar a planta industrial para fazer a manutenção”, explica. “Não é um laboratório didático para usarmos em aulas, com equipamentos delicados. É uma planta que simula os equipamentos usados pelas indústrias em suas operações. Ou seja: os dados das nossas pesquisas são obtidos em condições reais de produção”, prossegue, lembrando que o LCPI começou a ser montado em 2003.

Da Assessoria de Comunicação da Poli

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