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O professor Blasis pesquisa vestígios arqueológicos para encontrar a relação de grupos indígenas, que migraram dos planaltos para o sul do país por volta de três mil anos, com o ambiente do planalto, onde desenvolveram culturas e marcas escritas antes da chegada dos europeus.
Segundo o professor, o território brasileiro era muito povoado antes da chegada dos europeus e havia mais habitantes que no período colonial. Essa população era dividida em diversos grupos, como nômades e os sedentários, que trabalhavam com agricultura de produtos que são usados até hoje, como o feijão e amendoim.
A pesquisa do professor consiste em localizar os ambientes vividos por esses grupos e estudar a relação dos povos com o espaço em que viviam. Os vestígios deixados pelos moradores nos morros que habitavam, como panelas de barro ou restos de carvão, são coletados e usados para estudos. “Com isso, os resultados indicam como a população se alimentava”, diz Balsis.
Além de descobrir como viviam esses povos, Blasis conta que o estudo consegue estabelecer uma sequência cronológica. “A gente tem data do período colonial, das chegadas dos europeus. Conseguimos a sequência das ocupações arqueológicas”, conta.
Outro fato interessante é que o grupo coordenado pelo professor consegue estudar a expansão das araucárias por conta da expansão da população. As duas expansões, tanto das florestas, como da população, foram por volta do ano mil. Paulo conta que grupos abateram parte das florestas e deixaram as espécies que mais interessavam e, com isso, acabaram favorecendo a expansão de outras espécies.
Por Paulo Henrique Moreno