Museus da USP comemoram autonomia com criação de novo estatuto

Desde 2010, os quatro museus estatutários da Universidade são considerados unidades autônomas ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão.

 04/07/2013 - Publicado há 11 anos
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Desde 2010, os quatro museus estatutários da Universidade são considerados unidades autônomas ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão

(esq. p/ dir.) O diretor do MAC, Tadeu Chiarelli; a diretora do Museu Paulista, Sheila Walbe Ornstein; a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento; o reitor João Grandino Rodas; a diretora do MAE, Maria Beatriz B. Florenzano; e o diretor do MZ, Hussam El Dine Zaher

Os quatro museus estatutários da Universidade – Museu de Arte Contemporânea (MAC), Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Museu Paulista (MP) e Museu de Zoologia (MZ) – comemoraram trinta meses da criação de seu novo estatuto, em cerimônia realizada na sede do MAC, no Parque do Ibirapuera, na tarde do dia 1º de julho.

A Resolução nº 5904, promulgada em 23 de dezembro de 2010, garante a representação dos museus no Conselho Universitário e sua plena liberdade política de pesquisa, cultura e de integração – elevando-os ao patamar de unidades autônomas ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão – além da possibilidade de gerir a carreira de docentes por meio de seus próprios Conselhos Deliberativos. Anteriormente, os museus da USP eram regidos por estatuto pelo qual sua representação se dava por meio da Coordenação dos Museus, hoje extinta, vinculada à PróReitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU).

Valorização

“A sociedade é feita de ritos e os momentos rituais servem para marcar e certificar os compromissos”, disse a próreitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento Arruda, no início da cerimônia. De acordo com a próreitora, “este novo estatuto dos museus faz parte de uma política de valorização feita pela atual gestão reitoral, que também contempla a construção da Praça dos Museus [que abrigará o MAE e o MZ], a transferência da sede do MAC para o antigo prédio do Detran; e a reforma do Museu Paulista, representando o “reconhecimento dos museus e da área cultural dentro da Universidade”.

O diretor do MAC, Tadeu Chiarelli, falou em nome dos quatro diretores dos museus e ressaltou que o evento era um exemplo do “espaço destacado que a atual gestão vêm reservando aos museus, valorizandoos”. Isso se justifica, segundo Chiarelli, pelo fato de o prédio do MAC, ao lado do Parque do Ibirapuera, se caracterizar como um dos símbolos da arte moderna brasileira, por ter sido construído pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907- 2012), e no qual o MAC tem mais espaço para expor suas obras e receber mais visitantes – em janeiro de 2013, o MAC recebeu 1432 visitantes, passando, em junho, para 13.920 visitas.

Chiarelli lembrou que o objetivo do evento era o de celebrar a criação do estatuto, mas, principalmente, “comemorar o sucesso que veio com esta autonomia”. Para ele, a autonomia dos museus, em relação à PRCEU, trouxe “valoriza a parceria entre as Instituições, possibilitando mostrar o que a USP faz de melhor em arte, cultura e ciência”. O diretor aproveitou a ocasião para comentar sobre algumas realizações feitas desde então, como a criação, em 2012, do Programa de PósGraduação Interunidades em Museologia da USP, que oferece o segundo mestrado em museologia existente no Brasil e é ministrado em conjunto pelos quatro museus; a Praça dos Museus e o lançamento do novo prédio que integrará esse espaço, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, que será a nova sede do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e do Núcleo de Estudos da Violência (NEV), além de abrigar exposições do MAC.

O reitor João Grandino Rodas destacou que é preciso comemorar as mudanças e iniciativas realizadas após a criação do novo estatuto e que dar “maior visibilidade e destaque aos espaços museológicos” é primordial, porque os museus são “como janelas da USP e representam diferencial em relação às outras universidades”.

(Foto: Ernani Coimbra)


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