Quarentena movimenta mercado de imóveis residenciais

Juros e preços baixos, somados ao longo confinamento e falta de opções de lazer, fazem famílias de média e alta renda buscar residências mais espaçosas

 02/09/2020 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Reflexão Econômica desta semana, o professor Luciano Nakabashi explica porque, ao contrário de outros mercados, o de imóveis apresenta balanço positivo e até supera o do mesmo período do ano passado.

Conta Nakabashi que, no início da pandemia, em março de 2020, as incertezas rondavam qualquer aspecto da economia, principalmente aqueles que se referiam ao consumo de bens duráveis e aos investimentos, como o imobiliário. Naquele momento, lembra o professor, somente os bens essenciais, como alimentação e saúde, faziam parte do universo de consumo das famílias confinadas.

Porém, a partir do mês de maio, as vendas de imóveis “começaram a reagir de forma até surpreendente. Várias incorporadoras tiveram um desempenho, no acumulado de 2020, melhor que o de 2019”, diz Nakabashi.

A resposta, para o professor, está na equação taxas de juros e preço de imóvel baixos, somados às famílias confinadas, trabalhando em casa e saindo menos para lazer. O resultado foi “reforma do local, ampliando o espaço onde mora, ou mudança para um imóvel maior”.

Mas esse movimento positivo não acontece para todos os imóveis residenciais. Está atingindo apenas os de médio e alto padrão. E a explicação para a queda dos preços desses imóveis, segundo o professor, se deve ao longo período de recessão que o País vem sofrendo desde 2014.

 Ouça na íntegra a coluna Reflexão Econômica no player acima.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente,  quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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