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 O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico é um subtipo de AVC responsável por 20% dos casos em que existe a ruptura de uma artéria que leva sangue para o cérebro. Essa artéria rompe e o sangue extravasa para dentro do cérebro, explica o professor Octávio Pontes Neto. Daí vem o termo derrame, que muitas vezes é popularmente utilizado para se designar o AVC. E esse é o subtipo de AVC de pior prognóstico, com uma mortalidade acima de 50% em um ano.

Uma boa novidade, porém, é a de que na última semana foram apresentados os resultados do Interact-3, um estudo internacional que teve a participação brasileira e que foi publicado na revista científica The Lancet. “Nós tivemos o prazer de coordenar esse estudo no Brasil e esse estudo testou o impacto clínico de um pacote de intervenções emergenciais na evolução dos pacientes com AVC hemorrágico. As intervenções eram o controle agressivo da pressão arterial, da temperatura, da glicemia e a reversão rápida de distúrbios da coagulação, e esse pacote de intervenções demonstrou eficácia na redução da incapacidade funcional e mortalidade dos pacientes com AVC hemorrágico; então, pela primeira vez, agora nós conseguimos demonstrar que um tratamento clínico baseado em metas, que trata o AVC hemorrágico com a mesma prioridade do que o paciente com AVC isquêmico, realmente tem um impacto na evolução funcional desses pacientes”, revela o colunista. “Então acho que é uma boa notícia, que mostra para a gente que esse tipo de abordagem, baseado em metas, deve ser fomentado, principalmente nos países em desenvolvimento, onde existe ainda muita demora no atendimento dos pacientes com AVC.”

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