Os grandes desafios que se impõem num mundo regido pela economia digital

Para Gilson Schwartz, a redefinição da natureza do trabalho numa economia em transformação digital e que precisa buscar a sustentabilidade aparece como preocupação não somente das pesquisas como também dos governos

 22/05/2023 - Publicado há 1 ano

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“A grande questão da iconomia, dessa economia política de ícones digitais, essas gerações da internet que vão alterando completamente a relação entre o ser humano e a natureza, mas principalmente gerando ainda mais preocupação, a relação dessa tecnologia com a geração de emprego, com o mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, com a preservação física material energética ambiental do próprio planeta.” Assim o professor Gilson Schwartz introduz o tema de sua coluna de hoje (22). O desafio que se impõe, segundo ele, é a redefinição da natureza do trabalho numa economia em transformação digital e que precisa buscar a sustentabilidade, um desafio que não é apenas das pesquisas, mas principalmente dos governos. A revolução causada pelas inovações tecnológicas tem como um de seus principais sintomas a destruição de empregos, “e até, alguns dizem, ameaças à própria inteligência humana, para não dizer à existência humana, longe do apocalipse e mais próximo da discussão concreta que está acontecendo agora”.

Ainda de acordo com o colunista, o Brasil, neste momento, tem diante de si, como Congresso Nacional, como Poder Executivo, como governos estaduais e também Prefeituras, assim como empresas, toda a sociedade, enfim, têm diante de si um desafio, porque, “afinal de contas, nem foi lá muito bem discutido durante a campanha eleitoral, para variar, como gerar emprego na iconomia, como gerar renda, investimento, e sustentabilidade nessa economia digital. Quais são os impostos certos, os tributos, as isenções, os gastos fiscais, como redistribuir isso para gerar mais emprego, incorporando tecnologia digital e salvando o
planeta Terra da alta destruição. O desafio não é pequeno e não é só para um governo”.

Schwartz dá dois exemplos para ilustrar seu raciocínio: a regulamentação da Lei Paulo Gustavo, “que acrescenta alguns bilhões de reais para a cultura nacional no sistema, uma plataforma de distribuição que alcança Estados e municípios. Com a lei Paulo Gustavo, há uma ênfase especial no audiovisual e mais ainda nos games, porque a nova legislação inclui com força a criação de games no âmbito do audiovisual, de uma lei feita para transferir recursos para a cultura em todo o País”. O outro exemplo que ele dá é o embate entre a Embratur e o Sistema S. No final, resta a questão de como gerar emprego usando tecnologia de forma sustentável para promover o desenvolvimento do Brasil.


Iconomia 
A coluna Iconomia, com o professor Gilson Schwartz, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.


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