A nomeação de Élisabeth Borne para o cargo de primeira-ministra da França, feita por Emmanuel Macron, é um dos sinais que confirmam o engajamento do presidente reeleito com a ideia da planificação ecológica. “Ele escolheu justamente uma pessoa com experiência anterior como ministra do Meio Ambiente”, diz o professor José Eli da Veiga. Ele lembra que, nesses primeiros dias de governo, por não ter obtido maioria absoluta, há muitas negociações em curso sobre a possibilidade de ter algum tipo de maioria na Assembleia.
Segundo o colunista, um dos primeiros sinais surgiu recentemente. Trata-se de um comunicado da primeira-ministra, que não teve muito destaque, em que ela aceita uma sugestão feita por organizações da sociedade civil de que houvesse uma formação dos ministros. “Ou seja, que todos deveriam ter aulas sobre as questões ecológicas atuais”, descreve o colunista. Ela determinou que o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Função Pública organizem um plano de formação, não apenas dos ministros, mas de todos os funcionários do governo central. “É uma coisa ambiciosa, que deverá envolver cerca de 25 mil trabalhadores do alto escalão”, calcula Eli da Veiga.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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