Na semana passada, um artigo publicado na revista Nature mostrou que as mulheres têm uma reposta imunológica mais eficiente ao novo coronavírus. Mas por que isso acontece ainda não se sabe ao certo. Resultados parciais de um estudo conduzido pelo Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) corroboram com o desfecho da pesquisa divulgada anteriormente.
Nesta edição de Decodificando o DNA, a professora Mayana Zatz explica como eles chegaram a esses resultados. No projeto, feito em parceria com a Faculdade de Medicina (FM) da USP, cientistas examinam amostras de autópsias dos pacientes que morreram vítimas do sars-cov-2 e, no outro extremo, eles investigam amostras de sangue de pessoas assintomáticas que convivem na mesma casa em que uma pessoa desenvolveu a doença, ou seja, casais discordantes – um assintomático e outro sintomático – ou parentes assintomáticos que convivem no mesmo espaço da pessoa infectada.
Os pesquisadores observaram, também, se o tipo sanguíneo tem relação com as formas mais graves de covid-19.
A partir da próxima semana, o grupo vai iniciar o sequenciamento dos genomas dessa coorte em estudo. “Esperamos que a gente possa contribuir para compreensão dos fatores genéticos que protegem as pessoas da covid-19”, finaliza a geneticista.
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Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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