O número de queimadas tem aumentado de forma significativa em todo o País, especialmente na Amazônia. Só para dar uma ideia, dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, mostram 2.924 pontos de incêndios ante 734 focos em igual período do ano passado. O desmatamento apresenta dados positivos, com uma redução de 20% ao ano, mesmo assim, ainda insuficiente. O professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP e coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável, ao comentar os dados, acredita que a fiscalização precisa ser intensificada.
A liberação dessa fumaça da região amazônica traz problemas de saúde aos moradores daquela região. Além disso as temperaturas da Terra e dos oceanos subiram de forma relevante, impulsionadas pelo fenômeno do El Niño. O professor da USP reforça que não existem incêndios naturais na floresta amazônica, todos são criminosos, justamente por ser uma região extremamente úmida, e reforça a importância do combate ao crime organizado na região da floresta: “Todos os incêndios na Amazônia são criminosos, assim como 97 % dos desmatamentos na região são associados ao crime organizado”, avalia.
El Niño
O fenômeno do El Niño deve continuar pelo menos até maio, ajudando na seca na região, o que pode dificultar o combate ao desmatamento. A região Amazônica é a que mais preocupa, porém, ela não é a única, pois outros ecossistemas do País estão sendo alvo de queimadas, como Caatinga, Cerrado e Pampa. A atenção deve ser com o manejo do uso do solo.
Os órgãos do governo, assim como os povos originários, precisam se unir para que se mude o modelo de desenvolvimento, que seja minimamente sustentável.
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