Há como relacionar casos de câncer com os níveis de polução atmosférica? A resposta para essa pergunta é sim, de acordo com artigo publicado pela Universidade de São Paulo em parceria com uma instituição estrangeira. Segundo Paulo Saldiva, os níveis de partículas atmosféricas provocados pela queima de combustível fóssil estão relacionados ao desenvolvimento de câncer. Foram avaliadas 1.840 cidades brasileiras. “O que se mostrou foi que um aumento muito pequeno, de sete microgramas por metro cúbico […] está associado com um aumento de câncer da ordem de 16%.” Câncer bucal, de nasofaringe, de esôfago, de estômago e de pulmão foram os mais prevalentes.
Para Saldiva, essa relação entre câncer e poluição apenas reforça os motivos para se controlar as emissões, “não só pelos benefícios que temos nos gases de efeito estufa, mas também para preservar a nossa própria saúde. Seria importante que a gente tivesse medidas mais efetivas para controlar a queima indiscriminada de combustíveis em nosso país”.
Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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