Dia Mundial do Combate ao Fumo completa 37 anos

Os números: 1,3 bilhão de usuários do tabaco em todo o mundo, morte de cerca de 8 milhões de pessoas por ano, 1 milhão de não fumantes expostos ao fumo passivo

 03/06/2024 - Publicado há 2 meses
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A coluna desta semana do Dr. Bartô e os Doutores da Saúde remete ao dia 31 de maio, quando se comemorou o Dia Mundial Sem Tabaco, criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar toda a população sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Leis como a proibição de fumar em ambientes fechados contribuíram para uma redução bastante significativa no número de fumantes no País, que passou de 30% para 9,3%. Este ano, como em anteriores, a OMS trabalhou sob um tema, que foi Proteger as Crianças da Interferência da Indústria do Tabaco. “Nós vamos ter a possibilidade de que os jovens de todo o mundo briguem com a indústria do tabaco para parar de atingi-los com produtos prejudiciais à sua saúde e também a propaganda, principalmente nas mídias sociais e plataformas de streaming”, diz João Paulo Lotufo, que lembra que há 1,3 bilhão de usuários do tabaco em todo o mundo e que ele mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano, além de 1 milhão de não fumantes  expostos ao fumo passivo, principalmente as crianças. “A expectativa de vida dos fumantes é pelo menos dez anos mais curta do que a dos não fumantes. O tabaco é o único produto de consumo legal que mata até metade de seus usuários quando usado exatamente de acordo com as instruções do fabricante.”

Lotufo também alerta sobre o consumo de cigarro eletrônico e o perigo que representa para crianças e adolescentes. Neste ano, a OPA (Organização Pan-Americana de Saúde) vai homenagear três brasileiros que se destacaram na luta antitabágica: Antônio Pedro Mirra, Vera Lúcia e Alberto José de Araújo. “O cigarro eletrônico mantém todas as doenças relacionadas ao tabagismo, continua-se dependente de nicotina e ainda tem um problema de pneumonia gordurosa causada pelos sabores e aditivos, além da possibilidade de processo inflamatório agudo, doença chamada de Evali, causada pelo consumo de  cigarros eletrônicos, responsáveis por mortes de desnecessárias de jovens, além de casos de transplante pulmonar. Eu tenho vergonha de ver deputados e até um ex-diretor da Anvisa vendendo a ideia da liberação dos vapes, com colocações absurdas e atitudes vergonhosas que os desmerecem em todos os sentidos. Felizmente isso não acontecerá no Brasil, pois a Anvisa manteve-se firme na sua postura de proibir a venda e a produção de cigarro eletrônico no nosso país”, afirma o colunista.


Dr. Bartô e os Doutores da Saúde
A coluna Dr. Bartô e os Doutores da Saúde, com o professor João Paulo Lotufo, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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