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Na coluna desta semana, o professor José Álvaro Moisés comenta a decisão do presidente americano Joe Biden de desistir de disputar a reeleição. Para o professor, a decisão “se transformou em uma notícia extraordinária para o seu país e para o mundo, ouvindo a voz de muitos dos seus apoiadores e de companheiros do Partido Democrata. E depois de avaliar mais uma vez as suas chances reais na disputa pela presidência dos Estados Unidos, tomou a decisão que está sendo considerada um gesto de grandeza, ou seja, de colocar os interesses de seu país na frente dos seus interesses pessoais, renunciando a sua candidatura”, avalia.

No entanto, o colunista acredita que a decisão de Biden tem que ser vista também “como sinal de seu compromisso com a sobrevivência da democracia e, nesse sentido, tem relação com o debate das qualidades do regime democrático”. E as razões para isso estão ligadas diretamente ao candidato republicano Donald Trump, que até há pouco disputava com ele a eleição. “Trump é um político controverso, para dizer o mínimo, por causa dos sinais que ele dá do que seria o seu segundo mandato na presidência dos Estados Unidos. Não se trata apenas do seu anúncio de como pretende tratar desumanamente as pessoas que tentam imigrar para a América. Ele mente, manipula as informações e trata a todos que buscam o seu país como criminosos. Mais do que isso, no entanto, são os sinais que ele dá de que pretende governar o país sem grande respeito pelas leis que asseguram os direitos de a oposição ser respeitada e considerada como legítimo competidor pelo poder político do país”, destaca.

Para o professor, a decisão de Biden pode ser o ponto de partida para que seja evitada a eleição de Trump. “Resta agora aos líderes e políticos do Partido Democrata entenderem bem os riscos envolvidos na eventual chegada de Trump pela segunda vez ao poder, uma ameaça aos Estados Unidos e ao mundo.”

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