Blog

O Brasil, segundo  o presidente do WhatsApp, é o país que mais manda áudio por essa plataforma no mundo, quatro vezes mais do que o segundo colocado, a ponto de muita gente usá-la apenas para mandar recado de áudio. O que o professor Luli Radfahrer tem a dizer sobre isso? “Para quem manda, é muito confortável. Apertei o botão, mandei. Só que, para quem recebe, ele pode receber essa mensagem num lugar  inadequado, num lugar inconveniente. De repente é uma mãe colocando uma criança para dormir ou é alguém que está num lugar muito barulhento, não consegue ouvir, ou mesmo é uma mensagem, como, por exemplo, um CPF ou um telefone, que é uma sequência de números que eu vou ter que parar tudo para anotar. Então, o áudio, ele é muito confortável para quem manda, mas é desconfortável para quem recebe. Eu preciso pensar como eu formato essa mensagem.”

Mas isso não é tudo. Ele tem mais a dizer sobre esse hábito de enviar áudio por WhatsApp. “Outra coisa é que esse áudio vai tomar um tempo dessa pessoa. Então você tem que pensar antes de falar e mandar uma mensagem de áudio mais curta possível. Não tem nada mais irritante do que mandar um áudio com ‘obrigado’ ou ‘bom dia’. Eu parei, pensei e dediquei a minha atenção para apertar um botão e ouvir um obrigado, sendo que você pode só mandar um joinha. A melhor prática é, sempre quando for mandar uma mensagem, pensar em quem está escutando.  Pensar como você gostaria de escutar essa mensagem se você tivesse num lugar diferente. Muita gente manda mensagem porque está entediada, dentro do transporte público ou dentro do carro, no trânsito. Agora, o outro lado pode não estar na mesma condição. Então, imagina que é uma pessoa muito ocupada e que não está interessado no que você tem a falar. Você tem que manter a sua mensagem breve e informativa”.

.