Que as árvores são importantes para a manutenção da nossa saúde ninguém duvida. A lamentar, apenas, que a cidade de São Paulo tenha transformado seu solo em um deserto de asfalto e concreto, o que priva o paulistano do contato com a vegetação. Em São Paulo, a presença do verde é restrita somente a alguns bairros ou parques, um déficit que atinge sobretudo as regiões mais carentes da cidade. E as árvores, lembra Paulo Saldiva, contribuem para regular o clima e diminuir as ilhas de calor, além de aumentarem a porosidade do solo, minimizando o risco de inundações. Sem falar de sua colaboração na redução da poluição atmosférica.
Um artigo científico produzido em Bruxelas, na Bélgica, quantificou de forma objetiva a cobertura vegetal em sua relação com os gastos verificados na compra de medicamentos para tratamento de depressão e doenças cardiovasculares. “O que se observou é que existe uma função dose resposta que, quanto maior a cobertura arbórea, menor a compra naquela região (arborizada) de remédios para dois males que nos perturbam muito e são quase que epidêmicos em nossa sociedade.” Para o colunista, esse é um dado a mais a ressaltar a importância de que as árvores são “muito significantes, a vegetação é muito significante para manter a nossa saúde, e isso talvez sirva de argumento para o estabelecimento de políticas públicas e também de apoio da população para manter as árvores plantadas, para que a gente possa recuperar um pouco do que foi perdido ao longo dos séculos da nossa cidade de São Paulo”.
Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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