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Nesta sua coluna, o professor Glauco Arbix celebra o fato de o Brasil ter retomado os trilhos da proteção ambiental, dos quais havia saído nestes anos de governo bolsonarista. Ao se referir ao discurso do presidente eleito na COP27, Arbix destaca o trecho no qual Luiz Inácio Lula da Silva diz que o único caminho para a descarbonização das economias e sociedades do mundo todo é o caminho que consegue reduzir a pobreza e as desigualdades sociais. “O impacto foi imediato e global, ainda mais que o novo presidente prometeu virar uma página triste da nossa história, que desmobilizou o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, órgãos fiscalizadores e permitiu a livre atuação da mineração, de madeireiros ilegais, da invasão de terras indígenas, da pecuária predatória de nossas florestas. O caminho apontado no Egito foi da retomada do protagonismo brasileiro na batalha pela sustentabilidade por fontes limpas de energia, pela bioeconomia, pela geração de empregos.”

Arbix argumenta que os avanços na direção de uma economia verde são fontes geradoras de empregos e renda, sem falar no crescimento exponencial do PIB. Mas, para cumprir as metas de redução de aquecimento, será necessário substituir energias poluentes por fontes renováveis. E é claro que, para isso, será preciso investir em pesquisa científica e tecnológica e dar asas à inovação. “O Brasil tem o que ninguém tem, um imenso território, água, terras férteis e cerca de 20% da biodiversidade do planeta […] a substituição gradual de combustíveis fosseis por energias renováveis tem condições de sacudir positivamente o mercado de trabalho no mundo todo.” Ele conclui: “Se o novo governo patrocinar, de fato, uma nova geração de políticas públicas voltadas para a economia verde, teremos todas as condições de comemorar um belo casamento entre a descarbonização da economia, a sustentabilidade e a diminuição da pobreza e das desigualdades”.

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