“Até 50 anos passados, a China era um país pobre, hoje é uma potência econômica, política e militar. A China começou a transformar-se radicalmente a partir da ascensão ao poder de Deng Xiaoping, que sucedeu Mao Tsé-Tung. Hoje, a China é liderada por Xi Jinping, um homem extremamente forte, autocrata e que aboliu o limite de dois mandatos para o exercício da presidência. Ele pode permanecer assim um tempo indefinido à frente da China.” Com essas palavras, o professor Alberto do Amaral dá o tom desta sua coluna, que trata das atuais relações entre China e Estados Unidos.
Ele prossegue dizendo que a China não é um país voltado apenas para si mesmo, mas um país que tem interesses externos muito claros no continente asiático e fora dele, na África, Ásia, Europa e na América Latina. Já os Estados Unidos se tornaram a grande potência após o término da Guerra Fria, “aliás, a única superpotência, com a desintegração da então União Soviética.
Os Estados Unidos constituem ainda hoje uma potência econômica indiscutível, é a democracia mais antiga do mundo”. No entanto, o colunista observa que hoje a sociedade norte-americana está extremamente dividida e polarizada entre republicanos e democratas, “e isso tem contribuído para a erosão dos pilares da democracia dos Estados Unidos”. Além disso, a pobreza tem crescido no país, assim como a desigualdade social, o que leva a uma desconfiança em relação ao futuro por parte de certos setores da população.
Os Estados Unidos constituem ainda hoje uma potência econômica indiscutível, é a democracia mais antiga do mundo”. No entanto, o colunista observa que hoje a sociedade norte-americana está extremamente dividida e polarizada entre republicanos e democratas, “e isso tem contribuído para a erosão dos pilares da democracia dos Estados Unidos”. Além disso, a pobreza tem crescido no país, assim como a desigualdade social, o que leva a uma desconfiança em relação ao futuro por parte de certos setores da população.
Um problema a acirrar as tensões entre EUA e China é Taiwan, considerada pelo governo de Pequim parte integrante do seu território. E o motivo é o fato de Taiwan ser o grande produtor mundial de semicondutores, fundamentais para a inteligência artificial e para todas as atividades relacionadas à computação, inclusive para a fabricação de armamentos bélicos.
Os Estados Unidos têm um tratado para proteger Taiwan, celebrado em 1979, o qual obriga os Estados Unidos, além da proteção, a fornecer armas para aquele país. “A China ameaça militarmente Taiwan e as hostilidades aumentaram muito nas últimas semanas, quando o novo ministro das Relações Exteriores da China afirmou a possibilidade da existência de um conflito entre a China e os Estados Unidos, em virtude daquilo que o governo chinês considera ser uma política errada, ou seja, uma política que apoia Taiwan. Esta é uma questão absolutamente fundamental, que pode interferir nos destinos da Ásia e nos destinos do mundo e pode ter consequências catastróficas para todos nós”, sublinha Alberto do Amaral ao finalizar sua coluna.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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