Matar e torturar civis é uma das especialidades do grupo Wagner

Nesta sua primeira coluna do ano, Marília Fiorillo fala sobre esse grupo de mercenários russos, o qual inclui também membros de outras nacionalidades, e seu papel no conflito entre Rússia e Ucrânia

 10/03/2023 - Publicado há 1 ano

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A professora Marília Fiorillo está de volta com sua coluna quinzenal para a Rádio USP. Ela fala sobre a participação do grupo paramilitar de mercenários Wagner na guerra entre Rússia e Ucrânia. Até bem pouco tempo atrás quase não se falava desse grupo, braço direito de Vladimir Putin, que já operou em vários países africanos.

“Primeiro, é bom frisar que se trata de um bando sanguinário, que tortura e mata civis em larga escala. Pretende o que todos os mercenários querem: ser pagos para matar. Já prestaram serviços a Putin na Síria, Líbia e na República Centro-Africana. São muito mais experientes e cruéis que os jovens soldados russos, convocados para uma guerra que mal entendem. Calcula-se que esses mercenários de  Putin possam mobilizar muito mais que 10 mil homens, e recebem por volta de US$ 4 mil mensais. Entre eles, há diversos criminosos condenados, inclusive por homicídio, que foram soltos das prisões russas com a promessa de anistia. Alguns generais russos têm se mostrado muito insatisfeitos com a força crescente do Wagner. Mas Prigozhin, o chefe desses mercenários, é do círculo íntimo (e cada vez mais reduzido) de Putin. É um de seus homens de confiança e já foi seu cozinheiro. Na próxima semana contaremos a história de Prigozhin, que começou a vida vendendo cachorro-quente em uma barraquinha e hoje disputa o poder com as altas patentes militares russas.”


Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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