Dia 6 de junho foi o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame obrigatório e realizado em todos os recém-nascidos brasileiros gratuitamente pela rede de saúde do SUS. Também é considerado o mais importante na identificação de anormalidades e prevenção de agravamento de diversas doenças no recém-nascido.
Trata-se de um exame de sangue laboratorial que ficou conhecido como teste do pezinho porque é realizado a partir de algumas gotas de sangue coletadas, preferencialmente, do calcanhar do bebê. O procedimento é simples e de fundamental importância para o diagnóstico precoce de diversas doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que podem causar alterações no desenvolvimento da criança. Como é realizado no recém-nascido, permite a prevenção de sequelas deixadas por algumas das doenças, caso não sejam tratadas a tempo de proporcionar melhor qualidade de vida ao bebê.
Entre as doenças identificadas pelo teste do pezinho estão a fenilcetonúria (de origem genética, que pode levar à doença mental); o hipotireoidismo congênito (afeta crescimento e desenvolvimento mental); a doença falciforme e outras hemoglobinopatias (alteram a formação da hemoglobina); a fibrose cística (provoca infecção crônica e pulmonar graves), além da hiperplasia adrenal congênita (afeta crescimento) e da deficiência de biotina (pode causar convulsões, lesões de pele e distúrbios neurológicos).
Neste episódio do Pílula Farmacêutica a acadêmica Kimberly Fuzel, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, conta mais sobre o teste do pezinho: exame de sangue simples, rápido, seguro, que pode salvar a vida de muitas crianças. E chama a atenção dos pais e responsáveis para o período de realização do exame, que não deve ser feito antes de 48 horas do início da amamentação e nunca depois de 30 dias do nascimento. O ideal, observa Kimberly, é que o teste do pezinho seja realizado entre o terceiro e o sétimo dia de vida.
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