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As projeções para as desigualdades social e econômica no pós-pandemia são de piora, como sustenta o professor doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, José Luiz Portella, nesta edição do Sociedade em Foco. Segundo ele, o 1% mais rico da população brasileira passou a ter quase metade da riqueza nacional em 2021, cerca de 49,6%. “Tinha 44% em 2000, já era ruim, elevado, então a desigualdade foi agravada. Não se pode tratar o Brasil como uma igualdade”, afirma.
O professor destaca que o padrão de vida das classes média e alta, além dos ricos, terá recuperação, mas essa parcela da sociedade corresponde a cerca de 10% da população. “Analistas e economistas aplicam uma coisa chamada ‘ceteris paribus’, que quer dizer ‘tudo mais constante’; eles acham que vai ter uma recuperação e todas as outras coisas acontecem constantemente e vivem numa mesma bolha”, argumenta Portella.
“Quando cai o índice de bem-estar para os mais pobres, há um aumento das doenças mentais, da violência e da criminalidade. Quer dizer, estamos num momento em que há uma combinação de desemprego e inflação, que tira exatamente dinheiro do mais pobre, estamos no pior momento”, afirma Portella.
No ano eleitoral de 2022, o professor afirma que se pode prever confrontos físicos, conflitos com as propostas do voto impresso pelo presidente da República, e um ano prejudicial para as políticas públicas, que podem ser descontinuadas ou fragmentadas.
Momento Sociedade
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