Quilombo Academia: Noriel Vilela e Ceumar cantam a transcendência da corporalidade negra e a consciência de respeito à biodiversidade dos povos egípcio-bantu

A corporalidade africana no canto de Noriel Vilela e Ceumar

 03/11/2023 - Publicado há 9 meses     Atualizado: 08/11/2023 as 10:03
Quilombo Academia - USP
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Quilombo Academia: Noriel Vilela e Ceumar cantam a transcendência da corporalidade negra e a consciência de respeito à biodiversidade dos povos egípcio-bantu
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A arte de cantar de Noriel Vilela sugere a transcendência da tamboralidade africana, que se estabelece expressivamente nele como uma voz negra baixa, saindo de um corporalidade instrumental em que a sonoridade é própria voz. É nessa linha de abordagem que se percebe a negritude musical estadunidense presente canto de Noriel, que a conjuga com o comportamento afrodiasporico do samba de breque. Fenômeno que lhe permitiu a expressão de multiplicidade negra que se estabelece como uma negritude transnacional, que aprofunda ainda mais a complexidade dinâmica da dimensão telúrica da musicalidade negroide da música brasileira.

Com propósito artístico do canto de Ceumar é denunciar a total ausência de respeito com a biodiversidade no nomos eurocaucasianos. A arte do canto de Ceumar é sugestiva de uma do dimensionamento da orixalidade musical, em que todas as expressões bioexistências são manifestações das divindades africanas. Razão pela qual sua música sugere que não caberia na cosmovisão africana primaz nenhum preconceito com qualquer expressão vital. Pois, sua musicalidade parece um indicativo que o preconceito seria ‘ao meu quase cego ver’, a negação da própria divindade. Com essa acuidade sugestiva com polissêmica biointegração negra a cantora Ceumar chama atenção para a mais antiga epistemologia humana dos africanos egípcios bantu.


Quilombo Academia

O Quilombo Academia é transmitido as quintas-feiras, às 13 horas, com reapresentação aos domingos, às 19 horas e 30 minutos, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.

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