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Assim como a vitamina C, o Tocoferol, ou simplesmente vitamina E, tem ação antioxidante, diminuindo a formação de radicais livres e fortalecendo o sistema imunológico do organismo. E, nesta edição do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Kimberly Fuzel, orientada pela professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, apresenta mais sobre as funções da vitamina E e os alimentos para obtê-la.
Para que serve a vitamina E
Como a principal vitamina lipossolúvel (precisa de gordura para ser absorvida), adianta Kimberly, a vitamina E é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo. Sua principal função é a de antioxidante, atuando nos processos anti-inflamatórios e também inibindo a formação de radicais livres e seus efeitos nocivos. Assim, outra função importante da vitamina E é a de melhorar o funcionamento do sistema imunológico, prejudicados pelos radicais livres e agentes causadores de doenças.
Lembra a acadêmica que a propriedade antioxidante desta vitamina faz com que seja usada como importante conservante em fórmulas de suplementos alimentares e de cosméticos. O sucesso obtido como antioxidante, conta Kimberly, deu origem a novos dermocosméticos que tem a vitamina E como princípio ativo, pelos benefícios que apresenta na saúde da pele, combatendo envelhecimento precoce, prevenindo e reduzindo rugas, ajudando na cicatrização e proporcionando maior hidratação.
Além de proteger a pele, a vitamina E cumpre ainda funções importantes na prevenção de doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer, desacelerando processos neurodegenerativos, e também de doenças cardiovasculares.
Fontes de vitamina E
Como não é produzida pelo organismo humano, a vitamina E deve ser adquirida através de alimentação normal ou de suplementação para os casos de restrições alimentares. E as principais fontes, informa Kimberly, são os óleos vegetais, de girassol e azeite; as castanhas, como as avelãs, amêndoas, amendoins, castanhas do Pará; as frutas, como o abacate e o mamão e também os vegetais verdes em folhas.
Falta de vitamina E
Segundo a acadêmica, a deficiência de vitamina E não é tão comum, porque a dose diária recomendada é de apenas 15 mg. Mas, em casos de má absorção de gordura, por exemplo, a falta de vitamina E causa alterações genéticas e os sintomas mais comuns são: diminuição dos reflexos, dificuldade para andar, visão dupla, fraqueza muscular e dores de cabeça.
Por outro lado, como é fácil manter a quantidade ideal da vitamina através da dieta, é importante ficar atento para os riscos da suplementação. Kimberly alerta que, assim como acontece com outras vitaminas, “a vitamina E também pode ser tóxica quando consumida em excesso, trazendo riscos para a saúde como hemorragias, náuseas, diarreia, fadiga e fraqueza muscular”. O uso de qualquer suplemento alimentar, avisa a acadêmica, só deve ser feito com acompanhamento de profissional da saúde.
Coordenação: Rosemeire Talamone