Pílula Farmacêutica #48: Acne pode causar problemas de autoestima e distúrbios como ansiedade e depressão 

A acne é uma doença cutânea caracterizada pela hiperplasia das glândulas sebáceas, hiperqueratinização do folículo da pele, inflamação e infecção do folículo pela bactéria “Propionibacterium acnes”. Pode causar grandes impactos na vida de quem sofre com ela, deixando cicatrizes, problemas de autoestima, além de distúrbios psiquiátricos e questões sociais, como dificuldades em interagir com outras pessoas

 26/10/2020 - Publicado há 4 anos
Pílula Farmacêutica - USP
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Pílula Farmacêutica #48: Acne pode causar problemas de autoestima e distúrbios como ansiedade e depressão 
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A pele oleosa, além de possibilitar o surgimento de doenças como a acne, também provoca desconforto, como a sensação do rosto estar sujo, maquiagens como bases e corretivos não durarem o dia todo, incompatibilidade com produtos como protetores solares e hidratantes. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Giovanna Bingre, orientanda da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, fala sobre os problemas causados pela pele oleosa e como mantê-la sob controle. 

Primeiro é preciso conhecer um pouco sobre a pele, que possui diversas partes diferentes, cada uma com suas peculiaridades. Para  perceber isso, é só comparar a textura e composição da pele das palmas das mãos com a pele ao redor dos seus olhos, por exemplo, que refletem as funções de determinada parte da pele, podendo variar a espessura, a enervação e também a quantidade de glândulas, como a sebácea.  

Giovanna explica que glândulas sebáceas secretam sebo, que é uma espécie de óleo, que possui muitas funções, como proteger fisicamente a pele, emulsificar substâncias, proteger contra radiação solar, bactérias e fungos. “Porém, o excesso desse sebo confere uma característica muito comum entre a população brasileira: a pele oleosa, um grande problema para todos que sofrem com ela.” 

Uma pele oleosa pode levar à acne, doença cutânea caracterizada pela hiperplasia das glândulas sebáceas, hiperqueratinização do folículo da pele, inflamação e infecção do folículo pela bactéria Propionibacterium acnes. “Essa doença, apesar de não deixar o indivíduo debilitado, tem grandes impactos na vida de quem sofre com ela, deixando cicatrizes, problemas de autoestima, que refletem em distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão, e questões sociais, como dificuldades em interagir com outras pessoas, que podem contribuir com o desemprego.” 

Lavar o rosto excessivamente, na tentativa de manter o rosto seco, pode levar a uma situação chamada rebote, quando se retira demais o sebo da pele do rosto e o corpo entende que está desprotegido, produzindo ainda mais óleo. “Uma pessoa que não tem a pele oleosa pode acabar tendo problemas com a produção de sebo por causa da limpeza excessiva ou pelo uso de produtos muito fortes para o seu tipo de pele. Logo, uma pessoa que tenha a pele normal, mista e até mesmo seca pode vir a ter pele oleosa por causa disso.” 

Para manter a pele sob controle, o mais indicado é procurar um dermatologista, que vai identificar o tipo de pele do paciente e indicar produtos de limpeza e hidratação adequados ou prescrever outros tratamentos e, em último caso, remédios para o controle da acne. “Os medicamentos para o tratamento de acne possuem efeitos adversos sérios, só devendo ser usados como última opção.” 

Ouça este episódio do Pílula Farmacêutica na íntegra no player acima.


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