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Doença crônica do metabolismo, o diabetes mellitus pode ser causado por deficiência do pâncreas em produzir o hormônio insulina ou pela ineficiência do organismo em usar a insulina. Dessa forma, a glicose (açúcar) não é utilizada para fornecer energia às células e fica em altas taxas na corrente sanguínea. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, vamos entender melhor o que é e como é feito o tratamento do diabetes mellitus.
Segundo a acadêmica Giovanna Bingre, orientanda da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, trata-se de um problema de saúde crônico que, a longo prazo, causa insuficiência e falência de órgãos como olhos, rins, nervos, vasos sanguíneos e coração. E essa falta de insulina está mais frequentemente relacionada a dois tipos de diabete. O tipo 1 depende de reposição da insulina externa, já que o sistema imunológico do doente ataca as células do pâncreas, diminuindo ou impedindo a produção do hormônio. Esse tipo em geral surge na infância.
O tipo 2, conta Giovanna, é o mais comum e corresponde a 90% dos casos. Nesse caso, o corpo não consegue usar a insulina que ele mesmo produz. Os indivíduos com o diabete tipo 2 estão propensos à hipertensão, às altas taxas de triglicerídeos e à obesidade. É tratado com remédios por via oral que diminuem a absorção de glicose pelo sistema digestivo ou a produção de glicose pelo fígado ou, ainda, aumentam a sensibilidade à insulina do próprio corpo.
Para o diabete tipo 1, em que é necessária a administração de insulina, o tratamento requer mais atenção, já que existem tipos diferentes para a função desejada. Giovanna explica que a insulina comum é “idêntica a que nós produzimos no pâncreas, mas seu uso pode apresentar problemas porque sua ação é muito rápida e isso pode causar hipoglicemia”. O tipo mais usado, segundo a acadêmica, é a insulina NPH, de ação lenta, que leva em média seis horas para apresentar seu pico. Já as insulinas de ação ultrarrápida foram feitas para agir durante a alimentação.
Todos os tratamentos para diabetes mellitus são disponibilizados gratuitamente pelo SUS.
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