Pílula Farmacêutica #40: Saiba o que é e como tratar o “diabetes mellitus”

Falta do hormônio insulina, por deficiência do pâncreas ou ineficiência orgânica, deixa altas taxas de glicose circulantes pela corrente sanguínea

Por
 31/08/2020 - Publicado há 4 anos
Pílula Farmacêutica - USP
Pílula Farmacêutica - USP
Pílula Farmacêutica #40: Saiba o que é e como tratar o "diabetes mellitus"
/

Doença crônica do metabolismo, o diabetes mellitus pode ser causado por deficiência do pâncreas em produzir o hormônio insulina ou pela ineficiência do organismo em usar a insulina. Dessa forma, a glicose (açúcar) não é utilizada para fornecer energia às células e fica em altas taxas na corrente sanguínea. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, vamos entender melhor o que é e como é feito o tratamento do diabetes mellitus.

Segundo a acadêmica Giovanna Bingre, orientanda da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, trata-se de um problema de saúde crônico que, a longo prazo, causa insuficiência e falência de órgãos como olhos, rins, nervos, vasos sanguíneos e coração. E essa falta de insulina está mais frequentemente relacionada a dois tipos de diabete. O tipo 1 depende de reposição da insulina externa, já que o sistema imunológico do doente ataca as células do pâncreas, diminuindo ou impedindo a produção do hormônio. Esse tipo em geral surge na infância.

O tipo 2, conta Giovanna, é o mais comum e corresponde a 90% dos casos. Nesse caso, o corpo não consegue usar a insulina que ele mesmo produz. Os indivíduos com o diabete tipo 2 estão propensos à hipertensão, às altas taxas de triglicerídeos e à obesidade. É tratado com remédios por via oral que diminuem a absorção de glicose pelo sistema digestivo ou a produção de glicose pelo fígado ou, ainda, aumentam a sensibilidade à insulina do próprio corpo.

Para o diabete tipo 1, em que é necessária a administração de insulina, o tratamento requer mais atenção, já que existem tipos diferentes para a função desejada. Giovanna explica que a insulina comum é “idêntica a que nós produzimos no pâncreas, mas seu uso pode apresentar problemas porque sua ação é muito rápida e isso pode causar hipoglicemia”. O tipo mais usado, segundo a acadêmica, é a insulina NPH, de ação lenta, que leva em média seis horas para apresentar seu pico. Já as insulinas de ação ultrarrápida foram feitas para agir durante a alimentação.

Todos os tratamentos para diabetes mellitus são disponibilizados gratuitamente pelo SUS.

Ouça este episódio do Pílula Farmacêutica na íntegra no player acima.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.