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A doença afeta cerca de 3 milhões de pessoas no mundo, incapacitando-as no auge da vida produtiva, entre os 20 e os 50 anos. Nesta edição do Pílula Farmacêutica, vamos entender um pouco mais sobre a esclerose múltipla, problema que não tem cura, mas pode ser tratado e controlado.
Segundo a acadêmica Kimberly Fuzel, orientanda da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, a esclerose múltipla “é uma doença causada por uma reação autoimune direcionada à mielina, que é uma capa de gordura que cobre todas as nossas células nervosas”. E o termo “esclerose múltipla”, diz, é uma referência “às múltiplas cicatrizes presentes na medula espinhal e no cérebro, resultantes da destruição dos tecidos que envolvem os nervos, ou seja, a bainha da mielina”.
Kimberly explica que, com a paulatina destruição da mielina que cobre as células nervosas, os impulsos nervosos ficam mais lentos e a pessoa começa a apresentar os sintomas da doença, como perda de força nos membros, de sensibilidade ou formigamentos, de coordenação. Assim, são afetados os movimentos como caminhar, enxergar e, até mesmo, o controle urinário.
Os sintomas aparecem aos poucos e são intermitentes, vêm e vão. Às vezes ficam meses sem retornar, “mas, se não tratada, com o passar dos anos, a doença pode deixar sequelas e cicatrizes permanentes”, alerta a acadêmica. O ideal, segundo Kimberly, é buscar orientação médica, descrevendo claramente todos os sintomas, mesmo que não estejam presentes no momento da consulta. Desta forma, o médico deverá suspeitar da doença e solicitar exames, dentre eles, o de ressonância magnética, “o melhor exame de imagem para detectar a esclerose múltipla”.
A medicina ainda não conhece cura para a esclerose múltipla, mas oferece tratamento, realizado com medicações específicas e eficazes para controlar crises, sintomas e reduzir a progressão da doença. Com os tratamentos e uma vida saudável, o indivíduo pode ter “uma excelente qualidade de vida”.
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