Enquanto enfrentamos a ameaça global da covid-19, vírus conhecidos como a dengue continuam assombrando o País. Somente este ano já foram registrados mais de 500 mil novos casos de dengue. O Pílula Farmacêutica de hoje insiste no tema para esclarecer a população sobre o grave problema de saúde pública que perdura no nosso país e, para isso, convidamos a acadêmica Kimberly Fuzel, orientada da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto.
A dengue é uma doença grave causada por um arbovírus — vírus transmitido por picadas de insetos — e possui quatro sorotipos, que podem ser contraídos por qualquer pessoa. “Ao ser infectado pela primeira vez, o organismo produz anticorpos específicos para o tipo viral exposto, criando imunidade a ele, mas o indivíduo ainda continua sensível aos demais tipos”, como explica Kimberly. O transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em água parada.
Os principais sintomas gerais da dengue são febre alta acima de 38,5ºC, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, dores nas juntas, mal estar, dor de cabeça, falta de apetite e manchas vermelhas pelo corpo. Normalmente, os primeiros sintomas da doença são febre alta, que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de fraqueza, dor atrás dos olhos e surgem também erupções e coceira na pele.
Para combater a dengue, é preciso combater a proliferação do mosquito transmissor e, para isso, é importante sempre eliminar água parada de lugares que podem se tornar possíveis criadouros, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscina sem uso e sem manutenção e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Sobre a vacina, Kimberly explica que ela existe, porém, sua disponibilização é restrita: “No momento, existe apenas uma vacina contra a dengue, ela é produzida por uma multinacional de origem francesa e cada pessoa deve receber três doses com intervalos de seis meses entre elas. Essa vacina foi liberada no Brasil pela Anvisa em 2015, mas está disponível somente em clínicas particulares.”
Ouça a íntegra do podcast Pílula Farmacêutica.