Neste episódio do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Giovanna Bingre, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto, comenta sobre a situação das vacinas contra a covid-19 ao redor do mundo. Ela conta que “existem dezenas de laboratórios privados e principalmente as universidades no mundo todo fazendo estudos e testes in vitro para o desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz para o coronavírus. A China e os Estados Unidos anunciaram recentemente testes em humanos, o que significa um grande avanço”.
Doenças causadas por vírus, como a varíola, a poliomielite ou a meningite viral representaram grandes marcos na história da saúde. Só a varíola, no século 20, matou mais de 300 milhões de pessoas. Se não existissem vacinas, hoje, a sociedade continuaria sendo devastada por essas doenças, que, além de alta mortalidade, deixam sequelas graves, como a paralisia provocada pela poliomielite. Com o mundo globalizado e a rápida conexão entre países e regiões, esses vírus se espalhariam em período muito curto de tempo, causando cenário ainda pior que o do novo coronavírus.
Quanto à imunização contra o sars-cov-2, Giovanna ressalta que “o tempo estimado é que uma vacina demore até 18 meses para ficar pronta, apesar de alguns cientistas estipularem que até setembro alguma vacina deve estar autorizada para o uso em humanos. Isso seria um recorde, pois, até então, a vacina mais rápida a ser desenvolvida foi a do sarampo, que levou dez anos para ficar pronta a partir do descobrimento do vírus”. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP são alguns dos polos de pesquisa que concentram esforços no desenvolvimento de uma vacina.
Saiba mais ouvindo o episódio na íntegra.