No episódio do Pílula Farmacêutica desta semana, a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP fala sobre o abrangente uso da pílula anticoncepcional, um método contraceptivo criado em 1960 nos Estados Unidos.
Segundo Amanda, anticoncepcionais são medicamentos cuja função principal é prevenir a gravidez, mas que também podem ser usados para regular o ciclo menstrual e diminuir as cólicas. Amanda informa ainda que, além da pílula, existem outros métodos contraceptivos como a camisinha, o Dispositivo Intrauterino (DIU), dentre outros. Diz ainda que a pílula anticoncepcional é “uma via farmacológica de prevenção que, sobretudo, não previne as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”.
A acadêmica informa também que qualquer adolescente que tenha entrado no período fértil, a partir da primeira menstruação, (mulheres cis, homens trans ou não bináries) pode tomar o anticoncepcional. “Ao longo do avanço da idade é recomendada a interrupção da pílula, uma vez que a dose hormonal é alta e pode gerar efeitos adversos ao correr do tempo”, orienta.
Outra informação ressaltada pela acadêmica é a respeito dos medicamentos ou substâncias que cortam o efeito do anticoncepcional. “Quando se faz o uso de pílulas anticoncepcionais deve-se tomar um cuidado a mais ao ingerir substâncias ou medicamentos, pois eles podem cortar o efeito do anticoncepcional. São exemplos alguns antibióticos, anticonvulsivantes, álcool, certos tipos de chás, dentre outros. Vômitos e diarreias também podem cortar o efeito da pílula”, lista.
Amanda também trouxe questões sobre os métodos anticoncepcionais para pessoas trans e não binárias e a disponibilidade de contraceptivos no Sistema Único de Saúde (SUS). “Para homens trans, o método anticoncepcional pode ser usado para administrar menstruações, uma vez que o anticoncepcional não possui doses de testosterona a serem administradas. Já para mulheres trans e não binárias, que foram atribuídas ao gênero masculino ao nascerem, fazem tratamento hormonal com estrogênio”, informa a acadêmica. “Atualmente o SUS disponibiliza alguns contraceptivos, tais como camisinhas, DIU, contraceptivo hormonal injetável e pílula anticoncepcional”, finaliza.
Coordenação: Rosemeire Talamone