Os medicamentos genéricos são consumidos pela maior parte dos consumidores brasileiros. Apesar da controvérsia do nome “genérico”, seu uso é previsto pela Lei dos Medicamentos Genéricos 9.789, que permitiu às empresas a comercialização de produtos que estavam com a licença expirada, reproduzindo-os como os originais patenteados. O Pílula Farmacêutica desta semana fala sobre a importância dos genéricos.
De acordo com a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em Ribeirão Preto, medicamentos genéricos são produtos que possuem a mesma ação do chamado “medicamento de referência”, porém são comumente fabricados sem a licença e a patente da empresa inovadora. “Ou seja, são medicamentos comercializados com a patente vencida. Sua diferença com os medicamentos de referência ocorre na diferença de preço, uma vez que os medicamentos genéricos são muito mais baratos do que os de referência”, explica.
Além disso, a acadêmica esclarece que os medicamentos genéricos são uma forma de facilitar o acesso das camadas sociais mais vulneráveis à saúde já que os medicamentos de referência costumam ser mais caros. “A existência de medicamentos genéricos assegura que as diversas classes sociais possam comprar remédios que não estão disponíveis gratuitamente na farmácia dos postos de saúde, garantindo o direito de acesso de toda a população brasileira aos seus tratamentos adequados”, ressalta Amanda.
Outro ponto importante sobre esses medicamentos é a eficácia. Apesar de se diferenciarem nas embalagens, patenteamento e valores a acadêmica explica que os medicamentos genéricos são equivalentes aos medicamentos de marca, uma vez que ambos possuem a mesma dosagem e quantidade de princípios ativos. “No entanto, o que às vezes os diferenciam é a biodisponibilidade, que, de maneira geral, é a rapidez com que o nosso organismo irá absorver o medicamento”, pontua.
